O que vão pensar?

O feitiço da meia-noite.

- Amor! Vem cá! - Disse Albus chamando Scorpius que veio a seu encontro.

- Que foi Al... Ah que coisa mais linda! - Disse Scorp, olhando apaixonado o jantar improvisado que Albus havia feito para ele.

- Tudo pra você, porque eu te amo mais que tudo! Feliz aniversário! - Disse o Potter puxando o Malfoy pela cintura e o beijando.

- Te amo, você é especial. - respondeu parando o beijo e sorrindo - Daqui a algumas horas, vou poder voltar a fazer feitiços!

- Exatamente! Mas...como é só daqui a algumas horas...eu pensei da gente comer, e dar uns beijinhos! - Sorriu malicioso Albus e Scorpius corou respondendo:

- Tudo bem, senhor "Chef"! - Ele deu um selinho no garoto e se sentou na mesa, Al sentou-se ao seu lado.

Os dois jantaram, riram, mesmo Albus não sendo um bom cozinheiro, os dois aproveitaram o jantar, porque, afinal, antes de namorados, eram melhores amigos.

- Bom, agora que acabou o jantar... - disse Scorpius se levantando e puxando o Potter pela mão - Acho que é hora da segunda parte... - Eles ficaram em pé e o Malfoy colocou as mãos de Albus em volta de si mesmo e abraçou-o.

Al passava as mãos pela cintura de Scorpius, e o puxava para mais perto, o Malfoy brincando com os cabelos dele enquanto se beijavam. Os dois estavam tão apaixonados, tão conectados que não viam nada que acontecia alheio ao beijo, não achavam que precisavam se preocupar. Não viam que uma sombra os espreitava pelas janelas imundas da Casa do Grito. E que essa sombra, não tinha boas intenções.

Um barulho estranho e abrupto. Uma porta se abre e fecha. Scorpius solta Albus e imediatamente pega sua varinha. Al não larga da cintura do Malfoy, mas pega a varinha do mesmo jeito.

- Quem está aí? - Diz Albus com Scorp ainda em seus braços. Eles ouvem passos e uma figura misteriosa, mascarada, vestida de preto dos pés à cabeça aparece com a varinha em mãos.

- Expelliarmus! Expelliarmus! - O homem é tão rápido que os garotos tem sequer a chance de se defenderem.

 Albus joga Scorpius pra atrás dele, tentando o proteger.

 - Relaxa, Potter! - a figura diz ameaçadoramente e tira a máscara, é um homem de meia-idade com cabelos escuros e olhos claros - Não machuco o seu namorado, mas você vai me dar o que eu quero.

- Eu não sei quem é você! Não vou te dar nada! - Al vai mais para trás e empurra Scorpius com ele.

- Que grosseria a minha! - O homem parecia feliz com a situação - Sou um grande admirador do bruxo que seu pai matou! E eu, irei retomar seu legado! Retomar o legado do Lorde das Trevas, Voldemort! - fez uma pausa como quem espera por palmas que não vieram - Retornar e matar seu pai, Albus! Matar Harry Potter!

- Nunca! - Respondeu Albus, estendendo os braços a frente de Scorpius

- Nesse caso...faremos do jeito mais difícil. Crucio!!! - O feitiço foi direto em Scorpius, que se contorceu em dor, caído no chão, num grito agudo e choroso, já o bruxo riu, feliz pela desgraça.

- Scorpius! - Albus caiu de joelhos e chorava compulsivamente.

- Não...fale...pra...ele..., me...deixe! - Scorp deu um gemido de dor, em seguida o homem virou-se para Albus com a varinha.

- Faça o que quiser comigo, mas não machuque ele. - implorou.

- Ah! Quão comovente! Eu não derrubaria mais uma gota de sangue puro se não soubesse que apenas isso me levaria ao topo! Não tocarei nele, mas você irá me falar onde está seu pai!

- Jamais! - Exclamou preocupado com as consequência que sua insolência teria em Malfoy.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! - Eram as badaladas do sino. "São onze da noite!" pensou Al, "Tenho uma hora! Se Scorpius fizer um feitiço, todos virão correndo para aqui!".

- Crucio! - Riu o bruxo e Albus saiu de seus pensamentos para um Scorpius no chão berrando em dor.

- Meu amor, olha pra mim, - Sussurrou ele - eu vou tirar a gente dessa, mas você vai ter que confiar totalmente em mim, seja forte, tá? - O Malfoy balançou a cabeça em afirmação em seguida lágrimas escorreram de seu rosto.

- Ora, ora, Potter, o tempo passa, quanto mais feitiços, mais fraco seu namoradinho fica! Quer mesmo vê-lo morrer?

- Eu não tenho uma boa relação com o meu pai. - Disse Al se levando e se aproximando do bruxo.

- E eu com isso? Seu insolente! 

- Você quer acha-lo? Eu te ajudo, mas, me dê a varinha! E mantenha Scorpius vivo!

- Acha que realmente cairei nessa? Crucio! - mais um grito estridente e doloroso de Scorpius.

- Eu não me importo! Torture-o! Mas me dê a varinha, poderei lhe mostrar onde está meu pai, só que, para isso, ele precisa estar vivo! Só ele consegue chama-lo por meio de um feitiço! - Falou apontando para Scorpius delirante no chão.

- Tudo bem, Potter, deixarei você tentar sua brincadeirinha, mas, em troca, seu "amorzinho" vai ganhar uma linda cicatriz, e, caso dê errado, alguém irá morrer hoje! - Disse o bruxo com um sorriso ameaçador no rosto.

O homem mantinha sua própria varinha apontada para Scorpius, chegou mais perto do Malfoy que agonizava tremendo e chorando, e tirou uma faca do bolso. Com a faca , puxou o braço de Scorp, e arranhou fundo em sua pele "Eu não devo beijar garotos", lentamente. Scorpius chorava e gritava, o que fazia Albus querer matar o bruxo misterioso.

- Prontinho, Potter, garanto que, se der certo, seu namoradinho pode fugir, mas não esquecerá facilmente desse dia! - riu o homem, que em seguida entregou a varinha a Albus, que pegou e abaixou para da-la a Scorpius - Um movimento em falso, e ele morre, Potter.

- Amor, faça o que sabe fazer sim? O feitiço, sim? - Scorp estava confuso e negava com o braço sangrando.

Bang! - era a primeira badalada da meia-noite.

- O feitiço, amor! - repetiu Al chorando

Bang!

- Eu...o quê..?. - Malfoy parecia estar prestes a desmaiar.

Bang!

- O tempo passa, Potter! - falou o bruxo.

Bang!

- Meu amor, o feitiço da meia-noite!

Bang!

Nesse momento, Scorpius apontou a varinha para cima sorriu pensando e disse:

Bang!

- Eu te amo, Al. E...

Bang!

- Lumus! - completou, desmaiando, logo, uma luz apareceu na ponta de sua varinha.. Mas apenas isso.

Bang!

- Scorpius! - Disse Albus chorando.

Bang!

O bruxo deu uma longa risada e disse:

Bang!

- É, Potter, seu namoradinho já era! Expelliarmus! - Pegou a varinha de Scorpius. - Você não me deu saída, agora ele vai morrer. - Albus sentiu sua alma despedaçar.

Bang!

- Avada Keda...-

Bang! - A décima segunda badalada, já é outro dia. 

Mas antes que ele pudesse completar o feitiço em direção a Scorpius, um Draco Malfoy desesperado aparece e grita:

- Expelliarmus!