Epílogo - "Eu não devo beijar garotos"?

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- Bom dia, amor! - Sorriu Albus vendo o Malfoy acordar.

- Bom dia! Feliz natal! - Respondeu Scorpius.

- Feliz natal! - Ele se se sentou e desceu de sua cama para onde estava o colchão de Malfoy, puxou a gola da camisa dele e o beijou. Só parou ao ver a porta se abrir.

- Portas abertas meninos! - Disse Gina e Scorpius corou ao vê-la.

- Foi mal mãe, nada demais acontecendo! - Al falou e a Potter-Weasley riu e deixou o quarto.

- Vamos descer Albus? - Pediu Scorp.

- Vem, amor! - O Potter pegou na mão de Scorpius e os dois desceram devagar as escadas de pijama. Se passara apenas uma semana depois do incidente. Ao chegar na sala se deparam com uma árvore de Natal cheia de presentes. Lilian e James rasgavam embrulhos ansiosamente.

- Bom dia! - Disse Scorpius e os dois irmãos de Albus responderam animadamente. James havia começado a tratar Scorp melhor e Lilian nunca tivera nada contra o Malfoy.

Albus e Scorpius se sentaram junto aos outros Potter e abriram os presentes enquanto ouviam Harry e Gina conversando sobre o que fariam para o almoço na casa dos Weasley. Essa era a tradição da família: Um almoço na casa dos avós com todos vestindo os suéteres que Molly fazia. Mas o que Scorpius não esperava era que ganharia um também.

- Ei! Al! Olha! - Disse o Malfoy vestindo o suéter verde com um "S" na frente.

- Eu sabia que ela ia te fazer um, mesmo sendo avisada sobre tudo na última hora! - Albus sorriu e colocou seu suéter também, que ao invés de um "S", tinha um "A" na frente, mas também era verde.

Os Potters e o Malfoy abriram o restante dos presentes, colocaram os suéteres e foram tomar café da manhã na cozinha. Gina e Harry tratavam Scorp muito bem, e também haviam lhe dado presentes.

Depois do café Al e Scorpius foram jogar xadrez de bruxo, o Malfoy deixava Albus ganhar uma partida ou outra e o Potter amava isso, pois jamais venceria Scorp normalmente.

Quando deu a hora do almoço, todos foram de pó de Flu para casa dos Weasley, pois Lilian não tinha idade suficiente para aparatar. Chegando lá, Scorpius foi bem recepcionado,uma boa parte da família estava lá: Molly, Arthur, Rony, Hermione, Rose, Hugo, Gui, Fleur, Victoire, Dominique e Louis. As famílias de Percy, Carlinhos e George não estavam lá pois viajaram juntas. Ainda sim foi impressionante o tamanho da mesa que conjuraram.

- Albus, trraga Scorrpius e sentem-se aqui! - Disse Fleur e os meninos obedeceram, estavam de mãos dadas, na frente de todos, ninguém teve um olhar feio. Apenas Louis, filho de Fleur e Gui, mas ele não olhou feio, pelo contrário, estava admirando, como se quisesse aquilo também, ninguém comentou nada.

Todos almoçaram, riram, conversaram, e, se alguém antes tinha um certo preconceito por Scorpius ser um menino e um Malfoy, isso acabou.

- Olha Scorp, no começo eu achei estranha essa ideia mas...você não se parece nadinha com seu pai! Tampouco seu avô! - disse o avô, Arthur, mas Molly repreendeu:

- Arthur!

- Tudo bem, Sr.ª Weasley! - sorriu para Molly - Mas, na verdade, acho que tenho algumas coisas em comum...

- Bom, se tem ou não, não importa, eu não namoro com nenhum deles de qualquer maneira! Namoro com você! - Completou Albus e todos riram.

O dia se seguiu perfeito, aconchegante, e amável, sem brincadeiras idiotas, apenas conversas amáveis. Um certo tempo antes de todos começaram a ir embora, Albus puxou Scorp para um canto e lhe entregou um presente:

- Esse é o meu presente para você. - Sorriu.

- Mas e o livro que me deu de manhã? - Scorpius estava confuso.

- Fachada, gatinho.

- Você não é nada bobo, Potter.

- Abra e descubra! - Ele estava feliz e ansioso para ver a reação do Malfoy.

- Tudo bem, tudo bem! - Ele desembrulhou e deu de cara com uma caixa com duas alianças, sorriu, surpreso.

- Scorpius Hyperion Malfoy... - Al se ajoelhou e, apesar deles estarem em um canto, todos olharam surpresos - Namora oficialmente comigo?

- Claro que sim, Albus Severus Potter! - Falou extremamente corado com as risadas de Rose, Victoire, Dominique, Lilian e até Louis. Todo o resto da família olhava entre o meio envergonhado e o feliz.

Eles trocaram alianças, deram as mãos e se juntaram normalmente a família. Tudo normal. Era assim que seria a partir de agora. Mais um casal normal na família. Sem julgamentos, olhares curiosos, ou perguntas constrangedoras. Sem se importarem com "O que vão pensar?".

Naquela noite, quando voltaram a casa dos Potter, Scorpius e Al foram dormir, "Portas abertas!" repetiu Gina rindo. Mas, quando todos adormeceram, Al se deitou junto a Scorp e eles dormiram abraçados. Toda noite Al beijava o braço de Scorpius onde marcava "Eu não devo beijar garotos", era a afronta deles a aquele mundo, porque, mesmo sendo um mundo cheio de ódio, quando se tem sorte, ou talvez seja o destino, se pode encontrar alguém com quem compartilhar amor.

O que vão pensar?Onde histórias criam vida. Descubra agora