O sentimento de Albus.

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Essa história se passa um pouco após o final de "A criança amaldiçoada", no início do 6° ano dos meninos em Hogwarts.

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Já fazia um tempo que Albus trazia consigo um sentimento diferente. Ele não sabia quando ou como isso começara, mas sabia que estava lá. Quando chegou em Hogwarts, o sentimento começou, borboletas no estômago, nervosismo, e ele estranhamente ficava mais feliz do nada. Albus achava que era besteira sua, ou, em hipóteses mais sérias, que ele estava doente, e isso era preocupante. Mas como quando se afastava de todos, principalmente seu melhor amigo, ele se sentia melhor, Albus não ligou.

Porém, logo na segunda-feira, o dia que Albus e Scorpius tem mais aulas juntos, lá estava ele, o sentimento, mais forte do que nunca. Até que Albus percebeu. Só se sentia assim perto dele. De Scorpius.

Albus, "aguentou" o dia inteiro ao lado de Scorpius. Para ele era estranho reparar na cor dos cabelos dele, ou como ele cheirava a grama molhada e gel de cabelo, ou então como Albus se perderia por horas nos olhos cinzentos, mas cheios de alma de Scorpius, se pudesse, é claro. O problema era que o sentimento vinha com uma culpa que agora que ele entendia...

"Scorpius? Não! É meu melhor amigo! O que meu pai pensaria? Sou filho de Harry Potter, e ele é filho de Draco Malfoy! Não! Ele é um garoto! Eu deveria me casar com uma menina bonita, provavelmente da Grifinória! Sim! Isso sim faria meus pais felizes!" Pensava Albus.

Esse era o maior problema que juntara Scorpius e Albus bem naquele primeiro dia no expresso, a caminho de Hogwarts. "O que meu pai pensaria?", Albus passava tanto tempo criando hipóteses sobre o que seu pai pensaria que mal se lembrava que ele mesmo ainda estava lá, muito menos pensava em Scorpius, o que o menino pensaria se Albus falasse como se sentia?

Na mesma noite que todos os pensamentos perturbavam sua cabeça, ele e Scorpius estavam deitados lado a lado na lareira da sala comunal, Albus sentia-se desconfortável com a situação de uma maneira estranha. Todos aqueles anos ele jamais se sentira mal perto de seu melhor amigo, porém, naquela noite, tudo estava diferente.

- Sabe, acho o Slughorn um chato, queria poder ter aulas com o Snape, meu pai adorava ele, e se faz jus ao seu nome, então ele devia ser um dos melhor professores, Al. - disse Scorpius.

- É, meu pai não gostava dele no começo, mas quando descobriu o que Snape fez por ele, aí meu nome apareceu. - Respondeu Albus, quase adormecido em seus pensamentos.

- Dizem que ele gostava de favorecer alunos da Sonserina, realmente nos daríamos bem.

- É, nos daríamos.

- É. - Scorpius sorri.

Albus sorri de volta ele e imediatamente sente algo dentro de si.

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