Estava sentada na sala, mais precisamente no sofá, e de pernas á chinês. Estava confusa, revoltada e triste comigo e com o que o mundo proporcionára para mim. E porquê? Perguntam voçes...porque vou passar o Natal sem o Harry ao meu lado. Ele anda, nestas alturas, a cantar canções solidárias de Natal. E eu? Vou ficar aqui quase sem alegria nenhuma...apesar de ter a minha filha Emma, que traz muita alegria, falta sempre ele...sem ele o Natal não tem o seu toque especial.
Ouvi leves passinhos a descerem pelas escadas e quando olhei para lá vi que uma pequena princesa tinha acabado de acordar, pois vinha com os olhos um pouco vermelhos de tanto os esfregar. Veio ter comigo abraçou-me e deu-me um pequeno selinho, a maneira habitual de nos cumprimentar-mos. Eu puchei-a para o meu colo e ela lá se aconchegou, pondo a cabeça contra o meu peito e relaxante e aí prenunciou um "Bom dia mãmã" com a sua voz de bébé, porque era isso que ela era, um bébé...tinha apenas 4anos. Liguei a televisão e estava a dar as noticias...e a primeira que vimos foi: "One Direction, juntamente com outras celebridades, andam a fazer uma onde de caridade de Natal" e aí não ouvi mais. Uma lágrima escorreu-me pelo rosto e a Emma perguntou: " O papá?" e eu em resposta disse-lhe que ele hoje não vinha a casa. Ela como era previsto ficou triste...nós os três somos muito ligados...
Fomo-nos vestir e ao meio dia levei-a a comer ao seu restaurante favorito: Nando's. Depois do almoço fomos comprar as últimas prendas de Natal. Demora-mos um pouco porque ainda precisava-mos de muita coisa, e além disso tinhamos de comprar as coisas para fazer o nosso jantar de natal e as sobremesas.
Chegamos a casa, embrulha-nos tudo e fomos para a cozinha.
Fomos jantar, já não era estranho almoçarmos só as duas...mas isso era estranho numa noite de Natal. Comemos tudo em silêncio e depois fomos para a sala. Esta era a altura em que normalmente o Harry vinha para a sala com a Emma, e abriam pos presentes sem sequer saber de quem eram...e quando eu começava a discutir ccom os dois, eles vinham atrás de mim e davam-me um ataque de cócegas. E ao lembrar-me disto tudo senti um aperto no coração e uma lágrima a escorrer-me pelo rosto. E foi então que ouvi uma vozinha a perguntar:"E agora mama?", ela tal como eu, estava perdida e eu não sabia o que lhe dizer. E derrepente um som fez-se ouvir, a campainha, Emma sem mais nem menos foi abrir e quando viu a pessoa do outro lado disse: " Mama, mama...anda cá ver o gnomo do pai Natal veio a nossa casa!" E quando ela abriu mais a porta, dando para ver o gnomo eu deixei uma lágrima cair e corri até ele e beijei-o por entre lágrimas. Harry, o gnomo, disse, ainda abraçado a mim:" Estava mortinho para vir passar o Natal com as minhas amadas princesas..." e eu beijei-o de novo. E então ouviu-se a voz de Emma a dizer:" Mama eu vou dizer ao papa que tu deste um beijinho no gnomo!", e aí eu e Harry destamos a rir. E passamos um resto de noite espetacular.