Dívida Criminal - adaptação noany

Capítulo 28

amanhã posto o penúltimo e o último capítulo :(

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-Lin, eu tenho que te contar uma coisa.

Respiro fundo e olho pra ver se os seguranças estão longes o suficiente para não ouvir o que vou dizer.

-aconteceu alguma coisa?

-lembra da noite em que fui andar de iate com o Noah?- ela faz que sim e continuo- estou grávida.

Os olhos dela dobram de tamanho e ela cobre a boca.

-você e o Noah não se protegeram?- faço que não e ela da um meio sorriso- logo ele que sempre foi tão paranóico, ele te ama de verdade Elly, você é a única mulher que já dormiu na cama dele, que já foi no iate e que ele permitiu que entrasse em nossas vidas.

-estou com medo, e se ele não quiser o bebê?- uma lágrima risca meu rosto e Lin a enxuga.

-ele vai!

...

Entramos em uma loja de bebês e mordo o lábio sorrindo ao ver uma roupinha azul. A pego e levo até o caixa, já sei como vou contar a ele a novidade.

Saímos da loja e já sinto a vontade de fazer xixi chegando. Aviso Lin para me esperar na praça de alimentação e corro pro banheiro. Olho pra ver se o segurança me acompanhava, mas não o encontro.
Entro no banheiro e vou até a última cabine. Me sinto aliviada quando faço xixi e me visto.

O som de algo rangendo chama minha atenção e fico quieta na cabine. Um assovio começa a ecoar no banheiro e um medo toma conta de mim.

-Sabe, eu pensei que os seguranças do Noah fossem mais inteligentes, foi fácil, fácil despistar o Xavier.

Simon.

-e então, você não vai responder?

Ele empurra a porta da cabine que eu estava e solto um grito quando o vejo. Meu coração acelera quando ele destrava a arma e aponta pra mim.

-o-o que quer?

Sinto meu corpo tremer e me encolho cada vez mais na parede.

-você sabe o que eu quero.

Simon entra na cabine e alisa meu braço. Faço que não e ele me ignora. Eu queria sair dali, queria correr, mas meu corpo estava travado.

-você é tão encantadora, fiquei obcecado por você desde a primeira vez que te vi naquele palco.
Ele encosta o cano da arma ao lado da minha cabeça e o encaro. Os olhos dele era tão sem vida, obscuros e mostravam a alma suja dele.

Simon segura meu pescoço e o aperta.

-por favor, não faz isso- imploro deixando as lágrimas escorrerem- o que você ganha com isso?

-a derrota do Urrea.

-ele não me ama, ele não ama ninguém, eu sou só uma diversão.

Tento convencer-lo, mas ele nega sorrindo alto.

-eu sei de tudo minha cara, e se tem uma coisa que é verdadeira é o sentimento daquele miserável por você- ele aproxima o rosto do meu e sinto um arrepio na espinha- ele vai ficar tão destruído quando souber que eu toquei em você.

-Simon, não... por favor.

-xiii, caladinha.

Sinto os dedos dele subirem pelo o meio das minhas coxas e fecho os olhos para não ver, pra tentar não sentir.

-diz ao seu macho que os dias deles estão contados- ele sussurra e se afasta, mas antes desfere um tapa em meu rosto e sinto um gosto metálico na minha boca.
Simon sai me deixando sozinha e abraço meu próprio corpo completamente assustada. Sento no chão sem me importar se estava em um banheiro e começo a chorar alto.

-ANY

Escuto a voz grossa do Sam e ele se agacha ao meu lado.

-Sam, ele... ele...

Volto a chorar e ele me ajuda a ficar de pé. O abraço forte e me surpreendo quando ele corresponde meu abraço.

-está tudo bem, ele vai ter o que merece.

Asinto ainda abraçada a ele e Sam segura meu rosto e me olha firme.

-eu me enganei em relação ao Noah, ele gosta de você e vai te proteger, você o mudou, trouxe o meu garoto de volta.

Concordo sorrindo e Sam retribui meu sorriso.

-eu te fiz sorri.

-não conta pra ninguém.

...

Sam estaciona o carro no Jardim da mansão e assim que desço, Noah sai correndo pela porta e vem de encontro a mim. Ela não se importa com todos que estão ao nosso redor e simplesmente me abraça forte me prensando contra o carro.
Vejo o sorrisinho brincalhão no rosto de alguns deles.

-eu vou matar aquele desgraçado- Noah encosta a testa dele na minha e fita meus olhos- me desculpa por isso, me perdoa por isso.

-eu vou ficar bem- sussurro alisando o rosto dele.

-olha só pra você- ele alisa o corte no canto da minha boca e beija com delicadeza- ele te tocou?

Desvío o olhar dele e não preciso dizer mais nada. Noah chuta várias vezes o pneu do carro e só para quando toco o ombro dele.

-eu estou com medo- digo o encarando- medo do que ele pode fazer com a gente, medo dele me tirar de você ou te tirar de mim.

Deixo as lágrimas voltarem a cair e ele faz que não. Noah gruda nossos labios e pela primeira vez o vejo chorar. Enxugo a lagrimas dele e o abraço forte.

-Noah, eu não vou suportar te perder, não vou suportar viver uma vida sem você.

-olha bem nos meus olhos- faço o que ele pede e Noah segura meu rosto com firmeza- nada nem ninguém nesse mundo será capaz de nos separar, seremos você e eu pra sempre. Eu te amo mais do que a mim mesmo, mais do que já amei alguém antes, você é o meu refúgio, a luz em meio a escuridão.

-eu também amo você, seremos nós..
-desculpa interromper- Sam coça a nuca e olha pro Noah- o Bailey conseguiu o que você queria.

-Otimo, que todos nos fundos em dez minutos, vou repassar o plano.

Sam assente e sai.

-eu tenho que ir resolver isso, mas podemos sair a noite, o que você acha?

-eu acho que seria ótimo, eu estava querendo comer aqueles algodões doces bem grandes de parque- minha boca saliva só de pensar naquele momento de açúcar.

Noah faz uma cara de quem vai vomitar e começa a rir.

-eu não sei onde podemos encontrar isso...

Faço um bico e ele sorri balançando a cabeça.

-Patrão, me desculpe a intromissão, mas perto do centro chegou um parque.

Juan, um dos seguranças que estavam próximo ao carro fala e tenho certeza que ele merece um aumento.

-você que ir?

-vou poder comer quatro algodões?

-QUATRO?

Noah parecia indignado e escuto a risada baixa de alguns seguranças, acho que não foi só o Noah que eu mudei.

-estou com vontade.

-essa sua vontade é muito estranha, mas tudo bem, só não vem vomitar no meu carro depois.

Faço que sim e ele sela meus lábios e sai para ir encontrar os meninos.