Dívida Criminal - adaptação noany

"você vai me odiar e é só isso que eu preciso"

PREPAREM O CORAÇÃO QUE ESSE CAPÍTULO É PURO ÓDIO.

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A cada foto que eu via mais o meu coração apertava, ele está obcecado em acabar comigo e pra isso ele vai pega-la e fazer o mesmo que fez com minha mãe, estupra-la na minha frente e mata-la.

Ele não vai tocar num fio de cabelo dela, eu não vou permitir, eu prometi pra ela que ninguém ia machuca-la.

-Noah, você precisa sair daí agora, tem alguém se aproximando, estou vendo nas câmeras.

Bailey me alerta pela escuta e saio dali rápido. Invadir o escritório do Simon foi algo muito difícil, eu estava no território inimigo. Saio pelos fundos do galpão dele e corro até o meu carro.

As imagens de todos os nossos passos gravados na parede não saiam da minha mente. Mesmo que eu monte um plano para tentar matar-lo, ele sempre vai está um passo na minha frente. Como fui cego, como não percebi antes que a Sina era a informante e que o Xavier era infiltrado na minha casa.

Eu não posso deixar que ele volte a tocar nela, não posso permitir que isso aconteça, Any não tem mais emocional para aguentar mais um susto.

Isso tudo é culpa minha, minha e de mais ninguém. Eu não sei o que fazer, se eu não agir logo ele vai ganhar e eu vou perder tudo, mas eu não me importo de perder essa merda de vida, a única coisa que me importa é ela, ela é a minha vida, minha mulher e eu a amo com todo o meu coração, com todo o meu jeito errado, a amo de uma forma como nunca amei ninguém antes.
Acelero o carro e me sinto perdido, como vou salva-la disso?

E lá estava eu, chorando outra vez por medo. Medo de perder meus amigos, medo de perder minha irmã e medo de perder a mulher que eu amo, que me ensina a cada dia que passa a ser melhor.
Eu me sinto estranho por chorar.

Paro no semáforo e boto minha mente pra pensar em algo. Eu prometi pra ela, prometi.

...

Estaciono meu carro de qualquer jeito no jardim e olho pra frente da minha casa, eu sei que agora tudo vai ser diferente, que o que vou fazer vai fazer tudo desmoronar.

Caminho em passos largos até a entrada e abro a porta. O Hall de entrada estava vazio e sigo o som das risadas. Todos estavam na sala e decoravam uma árvore de natal, eu disse pra eles que não, mas vejo que não deram importância.

-eu disse que não queria uma árvore.

Chamo a atenção de todos e eles param o que estão fazendo. Any sorri e os meninos apontam pra ela.

-foi ela!

A cena seria engraçada se eu não estivesse prestes a acabar com tudo, mas é preciso, eu preciso.

-sempre você, nunca obedece a porra de uma ordem- falar com ela daquele jeito fazia meu peito doer.

A feição de todos mudam e Any fica surpresa.

-aconteceu algo?

A voz dela sai meio trêmula e já me sinto um grande imbecil.

-sim, aconteceu que você não pode me desobedecer, esqueceu que eu mando aqui, que a casa é minha?

-cara, você tá estranho- ignoro o que Josh diz e continuo a olhando.

-eu só achei que se você visse o quão bonita a árvore ia ficar, que você mudaria de idéia...

-se enganou, eu não gosto dessas coisas.

Vou até onde eles estão e puxo os fios das luzes de pisca.