Capítulo 30

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ÚLTIMO CAPÍTULO

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-DESGRAÇADO.

Seguro as bordas da mesa e a viro com tudo em cima. Meu coração parecia que ia sair do peito a qualquer instante.

Chuto o notebook e ele parte no meio. Eu me odeio, me odeio. Eu a deixei ir, a machuquei outra vez.

Derrubo todos os livros da estante no chão e jogo alguns contra os quadros na parede.

Meu escritório estava acabado, cheio de cacos de vidro, livros espalhados, os móveis todos revirados. Meu joelho sede a caio no chão me sentindo derrotado.

Me desculpa, eu não queria te afastar de mim. Não queria ter jogado fora o que construímos, mas eu precisava te proteger.

Deixo as lágrimas grossas caírem e pego minha arma que estava jogada no chão. Tudo seria mais fácil se eu não estivesse aqui.
Aponto a arma pra lateral da minha cabeça e a destravo.

É só puxar o gatilho...
Você nem vai sentir dor...
Puxa o gatilho....

-que merda é essa Noah?

Lamar chuta a arma da minha mão e olho sentindo que vou desmoronar ainda mais. Ele se ajoelha na minha frente e toca meu ombro.

-eu estraguei tudo...

-me conta o que você foi fazer no galpão do Simon?

Ignoro a pergunta dele e olho pro nada.

-ela não vai voltar, nunca vai me perdoar...

-você que quis assim, como espera que ela volte?

Lamar tinha razão, concordo com ele e fico de pé. Ele pega a minha arma no chão e me entrega.

-eu quero matar o Simon hoje.

Ele me olha surpreso mas assente.

-você sabe que não é assim tão fácil, não é?

-não importa, se ele não morrer, você sabe que eu morro, então eu prefiro que seja ele!

...

Termino de repassar a porra do plano que tinha tudo pra dar errado e meus homens prestam atenção. Os meninos estariam nessa comigo, mesmo que eles estivessem me odiando agora.

-eu a levei pra rodoviária- escuto Krystian comentar com Josh e ele assente.

No final do dia só um de nós dois vai sair vivo, e espero que o inferno não seja um lugar tão ruim. Simon sempre tem uma carta na manga.

-vão de dois em cada carro- peço indo entrar no meu- Sam, por nada nesse mundo você deve sair de perto da Linsey, saiam daqui agora mesmo.

Ele assente e segura a mão da minha irmã e a guia até o carro. Eu dei dinheiro a ele para tira-la daqui, ele só pode voltar se eu ligar e dizer que está tudo bem. Olho uma última vez pra Lin e ela entra no carro.

No final eu sei que não voltarei a vê-la, que meus amigos vão ficar bem e que a Any estará a salvo. Se for preciso eu darei a minha vida pra salvar-los.

Entro no carro e dou partida sendo seguido pelos outros. A gente vai invadir o galpão dele e a ordem que eu dei é de matar todos, ele vai se arrepender de ter voltado.

-Any, se você vomitar no carro eu te jogo na próxima esquina- advirto e ela ri exageradamente.

-eu não vou, eu juro.

Ela da uma mordida no quinto algodão doce da noite e me olha sapeca. Como é que uma pessoa consegue comer cinco negócio desses?

-não, nem vem com essa cara, eu não vou comprar outro- digo quando ela termina e me olha sorrindo.

Dívida Criminal - adaptação noanyOnde histórias criam vida. Descubra agora