Capítulo 3 (maratona 1/3)

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Any on:

Eu não tinha conseguido dormir nada, quando vi, os raios solares entravam pelas frestas da cortina e o relógio no criado mudo denunciava que eu tinha perdido a faculdade. Ele vai acabar com a minha vida, para completar eu não comi absolutamente nada, minhas costas e  minha barriga estavam doendo muito, uma dor completamente insuportável, eu tinha que comer algo urgentemente, mas acho que isso vai ser impossível.

Continuava deitada na cama, pelo menos a dor não incomoda tanto se eu não levantar e não fizer absolutamente nada.

Mas que droga, eu não mereço passar por isso, ninguém merece. Minhas lágrimas voltam a escorrer pelo meu rosto e começo a me odiar por ser tão fraca. Me surpreendo quando a porta abre e vejo Linsey segurando uma bandeja, ela tranca a porta e sento sentindo a dor voltar super forte.

-você não está com uma cara muito boa- ela põe a bandeja perto de mim e o cheiro de café fresco até me faz sorrir.

-seu irmão veio me desejar boa noite- a ironia na minha voz faz com que ela me olhe triste e pego a xícara bebericando o café.
-ele não fez nada ruim com você né?- faço que não e mordo o sanduíche- ele só veio te atormentar?

-acredite, estou atormentada até agora, tanto que nem preguei o olho.

-que tal você comer e descansar?- faço que sim e ela fica de pé- tenho que ir, não posso ficar aqui, esconde a bandeja em baixo da cama.

-Lin, por que está me ajudando?

-eu não gosto do mundo do meu irmão Any, eu não acho justo o que ele está fazendo com você, por isso eu quero te ajudar.

-e eu agradeço muito pela ajuda Lin, de verdade.

-Eu...- ela é interrompida com a porta abrindo e sinto meu sangue gelar quando Noah entra no quarto acompanhado de uma senhora segurando uma bandeja- Noah eu- ela começa mas ele não a deixa terminar.

-Você tá passando por cima da minha ordem?- ele estava furioso e sinto medo do que ele pode fazer com ela- Linsey, some daqui- ela continua parada e ele a olha com dureza- eu não vou repetir de novo Linsey, pega a droga da bandeja que você trouxe e some daqui.

Ele não pode trata-la assim, ela é irmã dele e só quis ajudar, porém é ai que está o problema, ela está me ajudando quando ele disse que não era pra ela fazer isso.

-você quer um incentivo pra sair?- não entendo a pergunta dele, porém passo a entender quando ele vem até mim e me puxa forte pelo braço o apertando logo em seguida e solto um grito de dor- você que decide.

-tudo bem, eu vou embora- ela pega a bandeja e sai apressada.

-você também Heyoon, sai e leva a bandeja, a princesinha aqui já comeu- a empregada sai sem questionar nada e ele me joga com brutalidade na cama- o que você disse para persuadir a minha irmã?

-eu não disse nada, nem todo mundo é ruim que nem você- esfrego meu braço por cima de onde ele tinha apertado, as marcas dos dedos dele já estavam se tornando visíveis.

-aproveita a cama, esse é seu último dia aqui- ele sai batendo a porta e corro tentando entender aquilo.

-NOAH- esmurro a porta e ele tranca- O QUE VOCÊ VAI FAZER?- ele vai me vender, tenho certeza- ME TIRA DAQUI SEU FILHO DA PUTA.
-URREA- esmurro a porta e ele tranca- O QUE VOCÊ VAI FAZER?- ele vai me vender, tenho certeza- ME TIRA DAQUI SEU FILHO DA PUTA.

...

Eu não sabia que horas eram, eu tinha estourado o relógio no chão, porém eu sabia que era de noite, o céu estava bem escuro lá fora. Eu tinha perdido a noção do tempo, a fome e a dor de cabeça me deixavam lenta demais para pensar em algo. Olho mais uma vez pro quintal abaixo da sacada, talvez se eu pulasse a queda me causasse danos o suficiente para morrer, porém eu não teria coragem de fazer aquilo. 

Dívida Criminal - adaptação noanyOnde histórias criam vida. Descubra agora