Expectativas

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“Feche a porta do seu quarto. Porque se toca o telefone pode ser alguém. Com quem você quer falar por horas e horas e horas”



— consegue farejar o cheiro dele?

Stiles perguntou. Olhando-a de esguelha rapidamente.

Havia estacionado próximo a calçada, em uma rua qualquer do centro. Esperava por instruções mas a única coisa que a coiote dissera fora “centro”, isso e reclamar por não ter mais nenhuma guloseima. Stiles sentia o suor escorrer por entre os seus dedos. Estava ansioso, nervoso e mais um punhado de sensações que sobrecarregaria uma pessoa normal.

Toda aquela euforia estava deixando inquieta.

— Não é mais fácil irmos direto para o apartamento dele?

Malia inquiriu apoiando os cotovelos no joelho, estalando sua coluna. Não diria em voz alta – pois não queria um show do rapaz naquele momento – mas aquele banco velho era mais do que desconfortável.

— você sabe onde é? — Stiles se exasperou. Encarando a amiga com indignação. Todo esse tempo ela poderia simplesmente ter soltado a informação. Francamente, eles já estariam lá.

A Tate se limitou a revirar os olhos outra vez.

— Stiles... — a Coiote segurou ombro do castanho com delicadeza. Ou era o que ela pensava. — Se acalme, OK?

O castanho assentiu sorrindo amarelo, dando palminhas na mão dá garota, que insistia em amassar o seu ombro feito carne e segunda.

— Então. — Ele murmurou, movendo os ombros para cima e para baixo. — Por onde nós iremos.

Malia assentiu e apontou para a rua a frente, a curva em seguida. Guiando o castanho pelas ruelas do centro da cidade. E era péssima nisso pois o Stilinski entrou em uma ou duas curvas erradas. Talvez três. Mas ele não ligou.

Quando estacionou o veículo, Malia o fez entrar em um prédio que nem nos seus mais belos sonhos ele sonharia passar por perto e sequer entrar. Mas sua amiga garantiu que estavam lugar certo.

A dupla passou pela recepção e Stiles pôde admirar melhor o interior impecável do prédio, parecia tudo muito caro e muito sofisticado para o seu gosto e bolso. Ele estava rindo, de nervoso. O Stilinski franziu o cenho quando o recepcionista acenou em direção a Tate. E a garota seguiu até o elevador, como se fosse uma das moradoras.

— Você parece... — Stiles começou, vendo sua amiga espancar os botões do painel. — Hã, bem familiarizada com o local...

Estava com aquilo na cabeça desde que pisara no térreo.

— eu já vim aqui algumas vezes. — a coiote explicou com um dar de ombros, virando-se para o castanho quando o elevador começou a se mover. 

Os olhos do Stilinski se fixaram no número digital “34” não era a cobertura mas ainda era um bom andar para se morar. Bem a cara do Peter mesmo.

— Pensão?

Perguntou enfiando suas mãos nos bolsos do casaco. Foda-se se seu pai fosse um maluco homicida 24 horas por dia, ele ainda sim iria querer uma pensão.

— eu não quero pensão dele... — a garota tratou de negar.

E Stiles não negaria que não estava surpreso.

— pensão? Você deveria ser indenizada por ser filha dele, isso sim.

O castanho balbuciou vendo a porta se abrir, fazendo com que a Tate gargalhasse baixinho.

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