Olhar parado.
Estático.
Inodor.
Indolor.
Insensível.
Indiferente.
Mãos na boca.
Outra no nariz.
Rosto ao travesseiro.
Um. Dois. Ar?. Três. Quatro. Ar??.
Ar...
Sem lágrimas.
Sem medo.
Sem dor.
Nada.
Absolutamente nada.
Sou a pessoa com quem quero estar?
No espelho não reconheço o reflexo.
Mas sei de meu coração e mente.
Olho em meus olhos.
Só então as lágrimas escorrem.
Por quê?
Uma mão levo ao vidro gélido.
Sem consolos ou palavras amáveis.
Apenas um olhar de: "Tudo bem".
Mais lágrimas.
Muito triste?
Qual o conflito de uma geração?
Qual a lágrima comunitária de uma nação?
Qual tem sido a sua bendita máscara de uma falsa empatia?//risos anasalados//
Mente estática.
Preciso voltar.
A máscara deixei presa na primeira letra.
Preciso voltar para colocá-la de novo.
Não espero que entenda.
Afinal, todos estamos mascarados.
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Um soar fonético no Louvre
PoetryPequenos espantos e encantos do dia a dia, a inspiração me veio a calhar numa quinta-feira de Março ao ouvir algumas músicas tristes demais para serem detalhadas com tamanha precisão. Trazendo-me então a grande inspiração da qual ansiava todo este t...