O seguravam com força
Amassavam sua estrutura
Deitavam-o sem consentimento
Sua alma era despejada em outras metades
Não se completavam
Mas se complementavamLevem-no pra cá
Tragam-no para lá
Isso e aquiloPode mexer
Pode destruir
No fim serei como todos os outros depois de ser usado
Mais um substituto de suporte
Suportando seus condimentos
Seus requerimentos e desejos de mais alento
Paladar, tato, olfato não lhe faltam
Mas bons tratos para um humilde utensílio faz de mim o que tantos outros falam"Coloca os restos nesse pote mesmo e depois joga fora, ele já tá velho."
Pois Diga-me então se poderei eu ficar velho de alma?
Se poderia eu de algum modo esvaziar-me sozinho, se de braços me abstenho?
Pois tu meu caro, és o único, e somente, culpado, de deixar-me vazio e cansado,
O que ocasionou minha velhice precoce,
Pois sou de plástico e continuarei sendo,
Melhor dizendo
Sou clássico.
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Um soar fonético no Louvre
PuisiPequenos espantos e encantos do dia a dia, a inspiração me veio a calhar numa quinta-feira de Março ao ouvir algumas músicas tristes demais para serem detalhadas com tamanha precisão. Trazendo-me então a grande inspiração da qual ansiava todo este t...