Eu quero muito.
Muito mesmo.
Viver em romances clichês.
Em histórias prontas.
Em qualquer pele que seja melhor que a minha.
Tanto faz.
Sentir algo já é o suficiente.
Eu tive tentativas de sufocar o marasmo.
Inutilmente.
Porque mesmo que me faltasse o ar ao tapar as entradas de oxigênio.
A dor ainda estava lá.
As incertezas também.
Minhas escritas tem sido tão deprimentes ultimamente.
Desculpe por isso.
Infelizmente é aqui em que posso ser a melancólica que sou.
É porque é muito fácil aparentar ser feliz.
Só que quando a gente para e se analisa, o buraco é bem mais embaixo.
Será que sou bipolar?
O que tem acontecido comigo ultimamente?
Acho que na realidade eu estou sem força nenhuma para lutar contra meu maior inimigo:
Eu mesma.
E eu sei que deveria tentar com todas as forças, novamente.
Mas já cansei, eu não quero mais.
Estou boiando na maré que me leva para o desconhecido.
Não sei aonde irei parar.
Mas ao invés de me afogar nele e nunca mais existir prefiro deitar em sua enseada.
Talvez as coisas não melhorem.
Mas tudo bem.
Já estou acostumada com essa ataraxia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um soar fonético no Louvre
PuisiPequenos espantos e encantos do dia a dia, a inspiração me veio a calhar numa quinta-feira de Março ao ouvir algumas músicas tristes demais para serem detalhadas com tamanha precisão. Trazendo-me então a grande inspiração da qual ansiava todo este t...