Capítulo XVIII - A Verdade (Revisado) 👑🗡️

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Narrador: Dianna
Músicas do capítulo: Champion - Bishop Briggs and Haunting - Halsey

Dia 26 de fevereiro de 1502, terça-feira

Faziam 5 dias que eu não era o cavaleiro Mattew, os treinos me faziam falta. Me afastei depois de ganharmos a batalha e também não tive muita animação em voltar para o alojamento para treinar, não depois que Luka foi preso por um crime que não cometeu. Hoje eu voltaria a ser uma cavaleira. No espelho me encarava vestida como Mattew. Não me reconheceria assim de modo algum, Helena capricha no meu disfarça e com o tempo, é fácil imitar os trejeitos típicos de um homem, como sentar com as pernas abertas, arrotar na frente de outros homens e se vangloriar, apertos de mãos bem fortes e voz bem grossa, o mais difícil pra mim é o último, mas consigo me virar bem fingindo ser um homem. Como Mattew, eu conseguiria investigar e procurar por provas com mais facilidade, vai saber se Luka tinha alguém que queria derruba-lo que seja da cavalaria real? Não sei se somente Gianna tem um passado e acerto de contas pendentes.

No alojamento, treino um pouco com alguns cavaleiros, depois dou uma voltinha pelo perímetro do alojamento e me vem em mente um suspeito que não comentei com ninguém, o comandante César! Ele pode muito bem querer tirar Luka daqui de modo permanente, até porque ele sabe que assim que eu for coroada rainha, ele é demitido de seu posto e mandando de volta para sua cidade natal na adorada Paris, na França. Aqui ele tem prestígio e respeito, construir uma boa imagem em um outro lugar e com outro tipo de reino, não é algo que um senhor na beira dos 60 anos queira na altura da vida. Observo se vem alguém por perto da sala do comandante, assim que está tudo seguro eu entro na sala dele que por sorte, está aberta. Fiscalizo por toda a sala algum item que possa ser útil e encontro um broche, me lembro do comandante usar esse broche na comemoração de termos ganho a batalha, se ele usou no dia em que Luka foi colocado como culpado, pode ter deixado cair no celeiro onde estava o saco de dinheiro, não me lembro se ele tinha mais de um broche igual aquele, tenho que ver com a detalhista Clarissa. Pego o broche e saio dali o mais rápido possível sem ser vista. Vou até meu quarto, me visto como eu novamente e procuro por Clarissa na biblioteca.

Dianna: Clarissa, posso falar contigo? - Clarissa abaixa o livro que lia, marca a pagina que parou e o fecha

Clarissa: Claro prima, sente-se e me diga o que quer falar comigo - me sentei numa poltrona próxima a ela

Dianna: Tenho outro suspeito - ela me encarou esperando que disseste quem - O comandante César - falei baixo e Clarissa não pareceu muito surpresa

Clarissa: Você já desconfiou dele uma vez, pensou que ele era o traidor, o tal informante dos rebeldes e era no fim o conselheiro real Théo.

Dianna: Acha que eis paranoia ou fixação pelo comandante?

Clarissa: Não acho, até porque o comandante César não me dá uma boa sensação. Me conte porque suspeita dele.

Dianna: Porque meu pai deve ter dito que eu o rebaixaria de cargo ou o demitiria assim que me tornasse rainha, colocaria Luka como comandante e faria sentido o César querer que Luka sumisse e perdêssemos a confiança nele.

Clarissa: Faz todo o sentido. César manteria o emprego se o Luka fosse o culpado pelo roubo e o rei perderia a confiança nele - ela analisou - Encontrou algo que possa parecer que o seu suspeito é o culpado?

Dianna: Achei um broche no escritório dele. Ele usava um na farda de comandante, mas eu queria saber se você lembra se ele usava mais de um igual a este - tirei o broche do meu bolso do vestido e mostrei Clarissa, que analisou o broche e me devolveu

A Cavaleira (Livro 2) - Série RealezaOnde histórias criam vida. Descubra agora