Por Autora
Amélia foi levada as pressas para o hospital mais próximo, sua respiração fraca e seus batimentos quase inexistentes, a todo momento Axel segurava em sua mão, mesmo quando seus olhos foram inundados em lágrimas.
Ele se perguntava a todo segundo se aquela seria a última noite de sua melhor amiga, se ele conseguiria ver seu sorriso mais uma vez, se conseguiria abraça-la e beija-la novamente. Esses pensamentos o torturavam, mas não importava o quanto de tempo passasse, ele voltava a pensar a mesma coisa.
Em New Hills City, Michell brincava com Sophia enquanto Jheniffer cozinhava, ela havia praticamente se mudado para sua casa durante esses dias e ele não poderia estar mais feliz, bom, até aquele momento.
Foi tudo muito rápido, num segundo ele brincava de boneca e no outro estava dirigindo as pressas para Wonderville, sem realmente se importar se estava a cima da velocidade permitida, ele apenas queria ver sua filha, e melhor, queria vê-la bem.
No chalé a notícia veio rápida, logo o acampamento virou um pesadelo, todos foram correndo até o hospital, as garotas choravam copiosamente pelo ocorrido, Asher tentava em vão manter a calma em meio ao caos que se instalou no local.
Ainda no chalé, os empregados se juntaram em um círculo na sala, orando, Michell, Jheniffer, e os outros adolescentes também oravam, cada um em um lugar, mas ambos com o mesmo intuito: pedir pela vida da amada Amélia.
Por Amélia
Meus olhos abriram com muita dificuldade, eu sentia meu corpo todo doer, como se eu tivesse bebido a noite passada inteira. A luz clara incomodou meus olhos, era a segunda vez que eu havia ido para o hospital em menos de duas semanas.
A sala estava vazia, eu ouvia o bip seguido do medidor dos meus batimentos, senti um incômodo em meu nariz e só aí eu percebi que havia uma cânula passando oxigênio para mim.
Tirei-a, me arrependendo no minuto seguinte quando a falta de ar voltou e eu voltei a tossir, merda.
— Você precisa usar a cânula, seus pulmões estão fracos e você não está conseguindo respirar sem elas. — papai disse entrando no quarto com um copo de café nas mãos, a felicidade, surpresa e cansaço instalados em seu rosto. — Que bom que acordou.
— O que aconteceu? — perguntei com a voz fraca, falar estava sendo uma tarefa difícil e quase impossível, eu diria.
— Infelizmente como você decidiu não fazer o tratamento, os sintomas foram piorando, sua doença estava no estágio III, uma hora ou outra você teria que ser internada. — Dr. Queiroz entrou atrás de papai explicando. — Você vai ficar no hospital de agora em diante, seu quadro é grave e não podemos liberara, fizemos uma bateria de exames enquanto você estava sedada.
"Devido ao alto estágio da doença, você vai piorar daqui para frente, você tomará alguns medicamentos para a dor melhorar um pouco, faremos exames e um tratamento leve para podermos manter você aqui por mais tempo.
As dores no corpo e a fraqueza são normais, você está muito fraca por causa do sangue contaminado, que entrou em contato com seus ossos e está passando por cada veia do seu corpo, vamos tentar controlar isso com os medicamentos, mas a dor é inevitável."
Assenti, ouvindo cada palavra sua com cuidado, eu sabia que essa hora chegaria, mas não achei que fosse tão logo. Apenas desviei os olhos do doutor e olhei para cima, eu iria ficar aqui, não conseguiria ir ao baile de formatura, não ganharia meu diploma de formanda.
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Sete Coisas Para Amar Em Axel Johnson
Ficção AdolescenteMinha mãe sempre dizia que todos temos controle da nossa própria vida e que, escrever o futuro está em nossas mãos. Mas não era assim que eu me sentia naquele momento. Sabe a sensação de quando você se afoga? Que os pulmões ardem como fogo, sua garg...