XXVIII· Passeios e tatuagens

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Acordar ao lado de Axel era uma sensação maravilhosa, seu peito subindo e descendo, sua expressão calma, o cenho levemente franzido, tudo isso fazia com que eu me apaixonasse ainda mais por ele.

Nossas roupas estavam espalhadas pela barraca, o que me fazia lembrar de cada detalhe da noite anterior, do jeito em que Axel amou cada parte do meu corpo e fez com que eu me sentisse única, eu não conseguia abandonar o sorriso, me entregar para Axel era, sem dúvidas, um dos meus maiores acertos.

Fiquei por alguns segundos observando ele dormir, parecia um anjo, Axel conseguia ser tão bonito sem um pingo de esforço, eu não conseguia entender como alguém poderia me fazer tão bem quanto ele.

Axel abriu os olhos e sorriu preguiçosamente, beijei ele, desejando um bom dia e indo me vestir, queria fazer algo legal hoje e o dia estava só começando, eram por volta de sete horas da manhã ainda.

— Eu quero te levar em um lugar hoje, mas é surpresa. —diz Axel já vestido, o rosto marcado pelo travesseiro e o cabelo bagunçado o deixava com um ar desleixado.

— Você vai falar se eu perguntar onde é? — ele negou. — Então eu vou procurar as meninas.

Axel me abraçou pela cintura pedindo para eu ficar mais um pouco, assim como uma criança mimada faria, demorou algum tempinho até que eu conseguisse me livrar das suas mãos fortes.

Sai da barraca e andei até onde as meninas estavam — na barraca delas, no caso —, eu conseguia ouvir risos baixos e cochichos, entrei e me deparei com todas elas sentadas em círculo, como se me esperassem.

— Como foi? — olhei confusa para Elle, tentando distinguir do que ela estava perguntando, a mesma revirou os olhos. — Você deu não é?

Senti meu rosto esquentar, a zero capacidade de Elle em ser discreta era algo que me surpreenderia sempre, desviei o olhar dela e percebi que todas me olhavam, provavelmente aguardando minha resposta.

— Foi... Bom. — falei, realmente desconfortável, mesmo tendo me aberto um pouco mais nessas últimas semanas, eu sempre seria a garotinha tímida e amedrontada de um mês atrás.

—Quero detalhes amiga. — disse Bibia, outra que também não tinha filtro algum. — Ele é gostoso? Tem pegada? Te tratou bem? O negócio dele é grande?

Okay, agora além de roxa eu queria virar um avestruz e enfiar minha cabeça na terra, preferindo morar com as minhocas a ter que responder aquelas perguntas indecentes. Fiquei em silêncio, brincando com meus dedos no colo.

— Amiga, não vamos te forçar a falar nada se não se sentir confortável, mesmo que estejamos muito curiosas. — fala Anne, como sempre a mais sensata do grupo. — Se você não se sente bem, não tem necessidade de...

—Cheguei gente! Me contem, como foi a trepada? — Lukas e Davie entraram na barraca, estávamos todos espremidos, me joguei para trás cobrindo o rosto, aquela era realmente a situação mais constrangedora de todas.

💝

Algumas poucas horas depois, todos já estavam despertos e rindo, entramos na cozinha a procura de algo para comer, e vimos uma enorme mesa de café da manhã posta especialmente para nós, tinha tudo desde pães a diversos doces.

Peguei um pedaço de bolo de chocolate e começo a comer, como sempre me lambuzando toda, no meu celular pude ver a notificação de uma mensagem.

"Me encontra na nossa barraca em dez minutos".

Não demorou muito para que ele se levantasse e saísse de lá, recebi uma ligação do meu pai e usei isso de desculpa para poder escapar da mesa, não sei o que ele queria mais provavelmente era segredo.

Sete Coisas Para Amar Em Axel JohnsonOnde histórias criam vida. Descubra agora