I miss you

693 31 30
                                    

O apito da máquina era o único som naquela sala branca do hospital.
Minho estava cinco messes desmaiado e em momento algum ele conseguiu sequer respirar sem a ajuda dos aparelhos.

Após realizarem uma hemodiálise, o garoto desmaiou de vez, Não conseguiu sequer mover as pálpebras ou levantar um dedo, o garoto estava em estado de sono que parecia eterno.

E o pior vinha para quem queria vê-lo, no caso, Hyunjin, Jeongin e pelo incrível que pareça, Seungmin.
Ninguém podia visitar o garoto, já que com o vírus espalhado pelo hospital.

O garoto estava em uma sala bem afastada dos pacientes infectados, sendo atendido por outros médicos, que não estão em contato com o vírus, tudo pago a custo pelo chefe dos meninos, já que no contrato o obrigou a pagar qualquer despesa em hospitais particulares de melhor qualidade.

Mas nada disso havia adiantado.

...

Cinco anos haviam se passado, Jeongin chorava nos braços de Seungmin, assistindo um antigo amigo sendo enterrado.

Chan, abraçava Felix e Hyunjin, ambos estavam exaustos de tanto chorar com a notícia, não achavam que doeria tanto assim perder alguém querido.

Changbin não estava presente, a mais de dois anos o moreno havia sumido, não deu notícias nem para o chefe, o grupo estava destruído a muito tempo.

Woojin pôde sair do hospício para assistir o enterro, o mesmo estava sentado junto a dois seguranças, e por mais estranho que pareça, o Kim não estava chorando.
É como se ele já soubesse que tal futuro seria inevitável ao amigo.

Minho não aguentou no hospital e acabou sendo infectado pelo vírus, tal que por descuido médico, acabou se tornando a principal causa.
O Lee já estava fraco e desmaiado, não aguentou ter o vírus em seu corpo e morreu dois meses depois de ser infectado. O garoto que já estava quatro anos internado em estado vegetativo, agora se encontrava morto e seus amigos o viam de metros de distância.

Todos protegidos por máscara e luvas, os coveiros com roupas parecidas com astronautas, tais que abriram as lembranças de Jisung, que estava mais distante de todos.

Na cabeça do Han, passou cada momento bom com o "amado".
Cada toque de felicidade...

Não imaginou que faria tanta merda para ter o garoto que antes o amava, para sí.

Quando estava prestes a acabar o enterro e isso faria todos verem o Han, Jisung saiu em passos largos, com a expressão serena.

Desde que fugiu, quando Minho foi levado ao hospital e todos foram consigo em seguida, Jisung juntou suas coisas e algumas do Lee, se mudou as escuras para uma casa simples na favela coreana, morando entre barracos sujos e aos pedaços.

Deixou seu dinheiro, fama e fortuna.
Deixou sua saúde e lazer.
Deixou sua alegria e sua vida.

Ao pé da letra.

Ninguém se importaria com um "favelado", que do nada parou de sair de seu barraco.
Ninguém ligou para o som de vidro caindo, de quando Jisung enfiou aquela faca de cortar peixe, em sua guela e sangrou até a morte.

Ninguém ouviu para o som do -agora- adulto, se afogando no próprio sangue, sujando o chão de sua cozinha com o líquido rubro.

Changbin, onze dias depois do enterro, sendo o único que sabia aonde Jisung morava atualmente, visitou o velho amigo, bateu na porta e não foi atendido, vasculhou as janelas e vidros em torno da casa apertada, apenas restou arrombar a porta.

Havia antes perguntado aos vizinhos, a quanto tempo Jisung não saía de casa e ninguém soube lhe dizer.
Isso trouxe nervoso e medo ao mais velho, que derrubou a porta e se deparou com o cheiro de podridão e alguns ratos e baratas, vindos da cozinha e o "atropelando" para fugir, por conta do medo daquele movimento brusco, na casa que por onze dias foi puro silêncio.

The best Bith ( Completo )Onde histórias criam vida. Descubra agora