I Still Want You |Jjk+Pjm|

[IV] Biscoitos, beijos e nintendinhos

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❄️

Assim que entrei em sua casa, pedi para usar o telefone. Minha mãe ficou feliz em saber que eu tinha me enturmado tão rápido. Disse também para eu não jogar muito videogame e que aproveitasse um tempinho com Jimin para estudar. Não sabia bem se ele iria querer estudar, mas pensei em propor.

Eu nem tinha entrado direito na casa. Tinha ao menos tirado a mochila quando fiz a ligação. Sabia que se não avisasse logo, minha mãe ficaria louca atrás de mim.

Quando finalizei a ligação, olhei para Jimin e vi ele suspirar e morder os lábios.

Interessantemente sem jeito com a situação.

— Onde posso pôr a mochila? — perguntei, tirando ela de meu ombro.

— Ah, coloca aqui — ele a pegou da minha mão e colocou num cabideiro de parede próximo à porta.

— Obrigado — sorri, ficando tímido por ele estar tímido.

— Jimin? — Uma voz feminina gritou da cozinha. — Jimin, querido? Você chegou?

Uma senhora de cabelos negros, presos em um rabo de cavalo baixo, apareceu. Ela vestia um vestido que batia nos joelhos e um avental colorido. Tinha farinha no rosto e Jimin riu.

— Olá, Omma... — Ele se aproximou, passando a mão na bochecha dela para limpá-la. — Esse é Jeon Jeongguk. Um amigo do colégio.

— Prazer, senhora Park — fiz uma pequena reverência para ela, em respeito.

— Olá, querido — ela esperou eu me levantar para me abraçar. Me assustei e olhei desesperado para Jimin, mas ele apenas riu às minhas custas. Ela me soltou, olhando carinhosamente para meus olhos. — Está com fome? Eu acabei de preparar uma fornada de biscoitos. Ainda estão quentinhos.

— Eu...

— Ele adoraria, Omma. E eu também — ele sorriu e pegou minha mão, me levando para ainda mais dentro de sua casa. Quando chegamos na cozinha, ele me guiou até a mesa pequena que tinha ali. — Estou cheio de fome.

— E quando você não está, querido? — Ela riu e colocou o prato com biscoitos em cima da mesa. — Como foi o treino de hoje?

— Foi divertido. O primeiro dia sempre é divertido — ele atacou os biscoitos e a mãe dele riu, colocando três copos e uma jarra de leite sobre a mesa. Ela se juntou a nós e pegou um biscoito.

Fiquei observando a dinâmica deles. Como a conversa parecia fluida e divertida e nada parecia ser cobrado de ninguém. Era... natural. Eles conversavam porque queriam e não porque eram forçados a isso.

— Não vai comer, Jeongguk, querido? — Parei de fazer uma comparação idiota da relação deles e da minha com minha mãe e olhei para a senhora Park.

Ela sorria carinhosamente para mim, esperando educadamente uma resposta. Olhei para Jimin e ele me olhava com um olhar divertido e realmente deveria ser engraçado ver alguém perdido numa troca social tão simples quanto aquela.

— Eu... Bem, obrigado, senhora Park — peguei um dos biscoitos.

— Ah, deixe de formalidades. Meu nome é Hee Young. Pode me chamar de Hee — ela tinha um sorriso confortável demais. Quis que minha mãe me desse um desses toda a noite na mesa do jantar.

Sorri de volta e mordi o biscoito e foi como se fogos de artifícios no sabor de baunilha com gotas de chocolate explodissem em minha boca.

— Hm...