Capítulo 10

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Hoje é sábado, finalmente, já não aguentava mais esperar, pois estava amando trabalhar como voluntário em prol das crianças do ensino fundamental 1, mas algo inesperado acontece, ou seja, tive uma grande surpresa.


Vocês se lembram daquela briga aonde Kevin deixou um garoto de sua classe desacordado? Pois é, ele levou uma punição por brigar. Como castigo se voluntária para dar aulas de reforço também.


Nossa, logo ele... Vou ter que vê-lo todos os sábados!.... Bom, fui chegando até entrada da biblioteca e o avistei, sentado com a cara fechada, seu rosto tinha um roxo que provavelmente foi um soco.


Em seguida sentei no lado de uma criança na qual iria ajudá-la nas lições de reforço. Ele estava com outro garoto ensinado matemática.


Derrepente, ouvi-o murmurando;


- Droga, que diabos eu estou fazendo aqui? Falando em tom baixo.


Garoto: - você tá me ajudando, tio. Respondendo sua pergunta.


- Cala tua boca muleque, presta atenção na porra de sua atividade aí!


Garoto começou a prestar atenção rápido em forma de reação após se calado por Kevin.


Eu pensei: nossa que cara grosso, falar assim com uma criança. Idiota, ridículo!


Kevin viu que eu estava te olhando e perguntou com grosseira:


- O que tá olhando?!


Virei o rosto e comecei retomar a aula de reforço onde tira parado para a criança do meu lado.


Algumas horas depois


Eu: - Bom, já acabamos.


Criança: - Obrigado. Agora posso ir para casa? Tenho que jogar videogame.


Eu: - pode ir. Afinal, já acabou mesmo o reforço.


Não era só eu como voluntário, no máximo tinham umas 10 pessoas trabalhando também. O reforço acaba e todos começam a ir embora.


Na parada do ônibus vi ele, mas não tive medo, aproximei e fiquei esperando. Já ele, talvez estava esperando um de seus motoristas vim buscá-lo. Tentei com muito medo falar com ele, mesmo que houvesse uma ignorância de sua parte ou pior.


- Oi?


- O que foi?!


- Você ensinou bem no reforço de matemática para aquele menino.


- Maldita Diretora! me mandar dar aula para um bando de pirralho. E tu, qual é tua intenção de bater um papo comigo?


- Não, nada não.


- Sai fora, eu não curto essas paradas que tu curte.


- O que quer dizer com isso?


- Tu tá me tirando, cara?!


Já ficando muito estressado veio pra cima de mim, me encarando... Pronto para me bater.


Eu: - Calma, calma.... - Esquivava.


- Eu não gosto disso não, dessas perguntinhas de bicha pra cima de mim.


Eu: - Ok, tá bom.


- Então falô.


Seu motorista chega deixando-o mais com raiva pela demora, falando vários palavrões.


Fiquei pensando, por que será que ele é assim? Tão grosso, preconceituoso e valentão. Ele estava ensinando o garoto tão bem na aula de reforço, a matemática pra ele era moleza, parecia que estava conformado sobre o castigo da Diretora.



Em casa



Era sábado, não tinha nada pra fazer, resolvi conversar com meu amigo Rafael pelo WhatsApp.


- Olá Rafa.


Oi EAI?-


Tudo bem? Como vai as novidades?


Conheci um cara, acho que vou sair com ele-


-Nossa, sério? Me conta!


Bom, ele tem 24 anos. Conheci ele em um aplicativo de encontros gay. Você devia tentar? Quem sabe arruma um partido também-


-Não gosto muito, esses apps só têm caras querendo sexo, talvez gosto de algo mais sério.


Mas sexo é bom! Não me diga que você é ainda virgem?-


-Eu sou.


Tá brincando?-


-Não.


Ok. Eu não sou mais, dei quando tinha 13 anos. Eu já dei pra muitos-


- Uau... Mas você se previne?


Sim, mas tem vez que fico sem camisinha-


-Nossa, coragem... Você não tem medo de alguma doença sexualmente transmitível ?


Tenho, mas acho quem tem AIDS são pessoas magras, desnutridas, que parece ser doente. Eu não fico com caras assim e também pergunto logo-


-Pois é, deve ter cuidado amigo.


Ok. Eu tenho encontro hoje à noite, depois passo detalhes. Tchau, beijos!-


-Tchau amigo, boa sorte 😘



Uma paixão impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora