Capítulo 13

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A noite vem com uma velocidade tão rápida, que em poucos segundos já estava a escurecer. Voltei para o acampamento, quando cheguei vi que tudo estava montando. Entrei na nossa barraca, olhei que tinha uma lista a dividindo, feita com fita adesiva de cor preta separando-a em dois lados bem na base interior da barraca. O lado esquerdo já tinha um colchão improvisado à pronta e no direto limpo sem nenhuma aparência de cama.
Em minha mente, veio à lógica, provavelmente o lado direito seria onde eu instalaria meu improviso de cama, pois nossa barraca era tão grande que haveria espaço que proporcionava este feito. Eu só não entendia o porquê fazer isso, demarcar os lugares como se estivesse evitando contatos entre nós. Ou seja, ele realmente não queria que eu o tocasse durante à noite.
Fiquei procurando ele, até o momento quando cheguei no acampamento, não tinha ninguém à vista, nem as crianças não estavam aqui... Para aonde as foram? Sai andando além das barracas e vi que também os outros grupos haviam sumido. No entanto, apareceu uma colega voluntária, seu nome é Bianca, aluna do terceiro ano, veio ao meu encontro para dizer que todos estão no jantar, que ficaria além do acampamento... Eu a seguir até chegar em uma casa de praia, ou uma cabana, lugar esse que serviu de cozinha para preparar o nosso jantar... Todos reunidos em três mesas grandes ao céu aberto, somente com a luz iluminada da lua.
Uma das melhores comidas que já comi, fiquei satisfeito... Ao acabar de jantar, todos voltam para o acampamento, a lua clara iluminava o nosso caminho. Todos os grupos começaram acenderem as suas fogueiras, e Kevin com sua habilidade, rapidamente o fez chamas, tinha impressão que um dia ele já foi escoteiro, ou um campista quando criança.
O professor Roberto passou pelos grupos distribuindo  sacolas com machimelos para que todos os assem na fogueira. Fiquei muito feliz, machimelos? Nossa, parecia estar num filme ou numa série americana... Me encantei.
Um garotinho pediu para “ele” contar uma história, para que o clima da noite e o momento dos assados dos machimelos ficassem mais interessante. Kevin, ficou sem reação quando o menino fez o pedido.
- Oh tio, você pode nos contar uma história, por favor..
Logo em instante, a “turminha” ao redor começaram a pedir também, e o pedido das crianças ganharam força. Kevin acabou cedendo.
Sua história logo do início começa a encantar a mulecada, todos com os olhinhos a brilhar, o conto que Kevin exalava de sua boca os faziam prestarem muita atenção a cada palavra.
Me impressionei muito, como ele se dava tão bem com as crianças, era algo inexplicável, nem se comparava com aquele valentão e grosso de antigamente que gostava de praticar bullying com os oprimidos.
Seu conto era tão bom que até eu me sentei próximo para te observar... Minha visão estava tão focada, que me distraía  da história para vê-lo seus lábios provocantes. Naquela noite, eu o achava tão lindo. O seu jeito de falar, movimentar as mãos, simular uma ação, cativava-me muito. Enquanto as crianças, seus olhos palpitava  de tanta emoção ao vê-lo contar.

Uma paixão impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora