· 12 - A Armada de Serafim ·

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EU ANDAVA PELOS CORREDORES DO CASTELO DO SUL EM BUSCA DE ALGUÉM QUE PUDESSE ME AJUDAR COM MEU PLANO, mas aparentemente, eu teria que descer até o pátio e ver se Raiden e Cassius estavam treinando com os meninos e as meninas.

Dito e feito.

Eu já estava curado o suficiente para me treinar com eles. Acho que estava na hora de mostrá-los do que eu era capaz.

- Ei, pessoal, eu quero falar com vocês. - eu anunciei ao meu juntar a eles que estavam sujos e suados. Já era quase meio dia e eles estiverem treinando a manhã toda - Estou reunindo alguns guerreiros promissores os quais acredito que possam ser capazes de me ajudar a encontrar Elastra e o Assassino. Se algum de vocês estiver interessado, se apresentem no castelo do norte amanhã às 14h. Apenas digam aos guardas que estão aqui pela Armada.

- E o que vamos fazer, exatamente? - Dnagon perguntou e eu pude perceber que era uma dúvida que eles todos compartilhavam.

- Vamos reunir muita gente, dividir em grupos e vamos procurar em todos os cantos da dimensão mágica, Reino por Reino, até encontrarmos Elastra. - eu expliquei. Saphira deu um passo à frente e seus cabelos negros esvoaçaram com o vento.

- O que te faz pensar que podemos encontrá-los e o exército de Dracônia do Norte não? - ela indagou e novamente os olhares se voltaram para mim.

- Porque eu estou reunindo os melhores da nossa geração, a elite. Temos habilidades que os guerreiros do exército não possuem. - eu os incentivei e pude perceber que eles estavam aprovando a ideia - Espero ver vocês todos lá.

Eu me retirei, dando alguns passos apenas quando alguém arremessou uma adaga ao lado do meu pé, me fazendo parar. Virei-me para encarar meu desafiante e vi Saphira com a espada apoiada em seus ombros. Seus cabelos soltos e longos ainda voavam com o vento, livres como dragões.

- Antes de ir, mostre o que saber fazer. Príncipe. - ela soprou sorrindo com o canto da boca. Eu assenti e transformei minha armadura.

Começamos a lutar e conforme eu contraía os braços eu sentia dor. Por sorte, comecei a me acostumar com aquela sensação e fui atacando. Quando acertei sua espada com força e ela voou longe, passei meu pé no seu calcanhar e ela caiu, pasma.

- Você está bem? - estiquei à mão para ela que aceitou, se recompondo.

- Estou. - ela confirmou, indo ao encontro de sua espada.

- Não esqueçam: 14h. Não se atrasem. - eu dei às costas e me retirei, indo até a estufa observar os novos ovos rejeitados de Noah. Ele estava sentado na frente dos ovos na incubador, escrevendo algo no diário em que ele acompanhante cada ovo e como ele reagia.

- Como está essa leva? - eu perguntei cruzando os braços para observar os ovos.

- Estão reagindo bem, mas eu queria a sua ajuda com algo. Pode se aproximar de cada ovo e falar algo pra ver se algum te responde? - ele pediu e eu aceitei.

Fiz o que ele pediu, me aproximando de cada ovo.

- Todos responderam, com exceção do ovo da Terra. - eu falei e ele fechou os olhos, se lamentando - O que foi?

- Esse é o filhote da Ivy. - ele contou e eu demorei para entender que ele estava falando do ovo de seu dragão que já morreu.

- Mas, como? Já fazem 21 anos que Poison Ivy morreu. - eu indaguei, fascinado.

- Ele foi congelado por todo esse tempo. - ele explicou, gesticulando para o ovo - Na teoria, o feto dentro dele ainda estaria vivo, mas na prática... Não está.

- Espera. - eu pedi silêncio, me aproximando do ovo da Terra.

- Você ouviu alguma coisa? - ele perguntou e eu assenti, colando o ouvido no ovo. Foi então que escutei novamente. Lá estava, como o batucar leve de dois dedos em uma superfície oca. Um batimento.

Cavaleiros de Dragões II - Uma Nova GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora