DOZE

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SNAKE

A culpa que me atingia por ser um maldito filho da puta não superava a necessidade de submeter Alana e coloca-la exatamente onde eu precisava que ela estivesse o mais depressa possível, ou seja, amarrada na minha cama e ao meu inteiro dispor.

Essa cadela despertou o que mantive adormecido por um longo tempo, a base de muito sacrifício e negação. O lado mais sombrio da minha alma; implacável, sádico e depravado, que se alimentava da submissão de suas presas inofensivas.

Aquela noite deveria ser apenas mais uma de sexo quente com uma cadela gostosa que colocava em alerta todos os meus sentidos sempre que estava por perto. De novo Alana conseguiu arrasar meus planos de ser um cavalheiro e me obrigou a libertar a besta que habitava nas sombras da minha devassidão.

Ela praticamente implorou por aquilo, e da forma como se entregou ao beijo obsceno que lhe dei logo que chegamos ao local onde eu tinha as piores intenções de realizar todas as minhas fantasias mais profanas, confirmei o que já sabia.

Alana enxergou nas entrelinhas a escuridão que me cobria, mas não ficou satisfeita com a descoberta e decidiu se aventurar através dela. Eu deveria impedir sua aproximação, entretanto a cadelinha não se afastou quando teve chance, me obrigando a toma-la do jeito que ela tanto queria e eu fodidamente necessitava.

— Tire a roupa — ordenei, quando entramos no quarto e tranquei a porta.

Ela arregalou os olhos ao se dar conta do lugar em que estava. Peguei uma cerveja na geladeira e me sentei na poltrona de frente para a cama. Meu pau latejava e minhas bolas doíam.

Alana parecia impressionada, mas não demonstrou estar com medo. Seus dedos desceram o zíper do maldito macacão, que se abriu expondo seus seios maravilhosos. As alças largas caíram por seus braços, uma de cada vez.

Meus olhos degustavam a bela visão de seu corpo em forma enquanto ela rebolava sensualmente para retirar a calça apertada pelas pernas. A cadela vestia um fio dental preto que mal cobria os lábios da sua boceta.

— Fique com ela e deite na cama. — Apontei com o indicador para a peça minúscula.

Ela obedeceu prontamente, sem contestar.

O cenário não poderia ser mais perfeito. Parca iluminação, pintura brega em tons de vinho e dourado, espelho oval no teto, móveis cafonas, carpetes felpudos e um invejável conjunto de objetos destinados à prática de dominação e submissão, espalhados sobre as doze prateleiras antigas ou guardados em caixas de madeira pintadas à mão.

Tirei o camisão e desabotoei a calça.

— Abra as pernas e se acaricie por cima da calcinha. Não se atreva a tocar na boceta sem a minha permissão.

Alana se arreganhou e fez exatamente o que mandei. De onde estava sentado, podia ver os dedos da sua mão direita brincando com o clitóris enquanto os da mão esquerda acariciavam os seios.

— Não vou perguntar outra vez, cadela. É isso que você quer?

Pela maneira que ela estava se dando prazer, eu tinha certeza de qual seria a resposta, mas precisava da sua confirmação antes de torna-la minha submissa.

— Sim... mestre...

Um sorriso maligno escorregou em meus lábios.

Fiquei de pé e caminhei até o lado da cama. Abri a primeira gaveta do criado-mudo e retirei um par de algemas prateadas, enquanto Alana se contorcia de prazer e gemia baixinho.

— Coloque as mãos para cima.

Ela abriu a boca para reclamar, mas desistiu quando ergui uma sobrancelha, lhe desafiando a contestar minha ordem.

SNAKE - Meu Inferno Dourado (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora