Capítulo 6

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No dia seguinte, o clima já se encontra melhor, a raiva dele já se dessipara um pouco, e continuamos com a rotina de sempre.

Passados 3 meses, eu já conheço pessoas novas, especialmente um miúdo, ele chama-se Louis, é um ano mais velho que mim. (Ele tem uns olhos bem puxados, parece um autêntico asiático, se não fosse mulato diria que é filho de um asiático, tem cabelo liso e comprido, é uma fofura mesmo).

E confesso que o acho bem atraente, na verdade ele é o primeiro rapaz com que me sinto assim. Eu já sabia que não correspondia à miúdas, mas não havia sentido nada por nenhum garoto ainda e ele está a encantar-me mesmo.

Por ser o primeiro a vergonha é imensa, às vezes não consigo dizer uma palavra sequer quando ele encontra-se acerca de mim.

Com algumas semanas de convivência a intimidade foi-se criando e agora estamos "amigos". Ele mora alguns quarteirões atrás da minha casa, e sempre quando ele vem, dou um jeito de encontrar-me com ele. Por sorte ele vem nas horas mais calmas e assim consigo ter um pouco de "liberdade".

Um certo dia, ele vem para minha casa e vamos para o meu quarto, o Ale está a dormir. Como já temos um pouco de intimidade eu não fico surpreso por estarmos no meu quarto.

E de repente, reparo que estamos sozinhos no quarto, o Ale está também mas está a dormir, logo não conta. Por ele ser mais velho que mim ele deve saber de mais coisas. Então ele diz o seguinte:

-Venha aqui.

-Aqui onde?- pergunto.

-Aqui.- e faz um gesto mostrando o seu colo.

-Não sei não- digo avergonhado.

-Não precisas ter medo, está tudo bem.- diz ele com um olhar compreensível.

-Então tá.- respondo.

E eu vou e sento-me por cima dele, assim que sento, sinto o pénis dele a endurecer, ali eu fico um pouco nervoso, e pela minha maior surpresa ele sussura as seguintes palavras no meu ouvido:

-Você quer chupar-me??

-O quê??- digo a fazer uma cara de espanto, e de facto isso pegou-me de surpresa, mas eu estou a sentir-me bem com isto e resolvo fazer.

Desço o ziper da sua canga, abaixo-a junto com a boxer, então tomo coragem e introduzo o seu pequeno pénis na minha boca, sinto o seu gosto, e não é nada mal pelos vistos. Estou num movimento de vai-vem até que sinto a sua voz toda ofegante suar novamente:

-Não queres sentar nele?

-Okay.- digo envergonhado.

Desço a minha calça e a minha boxer duma só vez, como ele já está semi-nú, só me sento por cima. Inicio um rebolado lento, mas eu não sei se quero que que ele me penetre, então fico só no rebolado mesmo.

Estou mesmo a apreciar o momento, e de repente meu mundo desaba. Meu pai bate na porta que nem um cavalo, assim que ouvimos as batidas recompono-nos de imediato, mas ele vem logo pegando-me na aba da minha camisa a arrastar-me para fora do quarto e então começa a pancadaria:

Ele soca-me várias vezes, tira o cinto e começa a lançar-me pelo corpo todo, eu fico desesperado não sabendo o que fazer então, resolvo gritar, e o pior são as coisas que eu grito:

-Pai desculpe-me, não farei mais aquilo, perdoe-me, não foderei mais, perdão, perdão!

-O quêee??? Então estavas a foder!! Seu panduleiro do caraças, agora mesmo é que vais levar e não me chames de pai seu tarado!- diz ele com um ar de espanto.

E continua a porrada por mais alguns minutos, quando termina a minha vergonha é tanta, mas tanta que eu queria morrer no momento. Porque estão muitas pessoas aqui, quando eu fui para o quarto não estavam, dai eu percebo que a porrada inicial era por causa das pessoas que vieram então eu teria de o ajudar a atendê-las, por meu azar eu percebi tudo mal, levei mais porrada e passo vergonha publica.

O safado do Louis escafedeu-se no momento, aquilo só aumentou a minha raiva, desgraçado! quem fica de pateta no final sou eu né.

Ele ainda não me havia batido assim, é a primeira vez, sempre gritava ou dava alguns tapas, mas essa deixou-me marcas no corpo, e tudo porque o bar estava cheio e eu teria de o ajudar atender os clientes. Eu mereço mesmo!

                                ....

Já se passaram alguns dias desde o ocorrido, desde então eu tenho ficado no meu canto, não saio mais para brincar, fico instalado dentro de casa a trabalhar. Para compensar os idiotas dos meus irmãos gozam comigo por causa do ocorrido, resumindo minha vida está um inferno mesmo!

A família que eu sempre quis!Onde histórias criam vida. Descubra agora