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Após uma manhã inteira praticando para a sua futura performance, Inntouch se dirigiu novamente ao templo onde esperava encontrar o rapaz que tinha conhecido na noite anterior.
Olhando ao redor, ansioso, o rapaz se questionava se Ryan ia com frequência naquele lugar, para assim saciar suas expectativas. O sentimento que passou pelo seu coração quando tocou Ryan foi diferente de todos os possíveis, pois seu coração bateu num ritmo que nem mesmo ele conseguiu acompanhar. E tendo martelado tal sentimento a noite toda, ele decidiu que queria vê-lo novamente, mesmo que fosse apenas mais uma vez.
Em frente ao templo, sempre educado, mas dessa vez preocupado, porque talvez estivesse fazendo aquilo em vão e Ryan nunca mais aparecesse ali. Porém Inntouch não era do tipo de desistir tão facilmente, ele esperaria ali, e estava disposto a voltar quantas vezes fosse preciso para reencontrá-lo.
Uma, duas, três horas se passaram e ninguém ao menos tinha ideia de quem fosse o rapaz no qual Inntouch perguntava. Coçando a cabeça, cansado, ele se assentou em alguns degraus na entrada do templo, pensando na cena que passou lentamente por seus olhos naquele instante: Ryan acendendo seu incenso, sendo tão gentil, sorrindo.
Será que o reencontraria?
Inntouch gritou consigo mesmo, mas logo desistiu, se levantando.
[...]
Havia uma pequena Cafeteria pelas redondezas.Com a barriga roncando e cansado, Inntouch entrou no lugar, indo direto ao caixa fazer seu pedido.
— O especial do dia, por favor — ele pediu, sorrindo para o atendente que logo foi preparar seu café.
O rapaz se escorou com as duas mãos no balcão, balançando a cabeça freneticamente, tentando esquecer que falhou mais uma vez.
Minutos depois seu café estava pronto, Inntouch pagou, logo pegando seu café e como não queria perder seu lugar de sempre, se virou depressa para tomá-lo. Mas o giro foi descuidado demais.
Não demorou muito para que ele percebesse que tinha alguém atrás de si, já que o café derramou completamente sobre uma camiseta branca, o que fez Inntouch se desculpar mil vezes antes de olhar para seu alvo indireto.
Mas quando ascendeu seu olhar para o rapaz alto, ele o viu.
Ryan lhe olhava com as sobrancelhas franzidas e a boca aberta, não acreditando no que tinha realmente acontecido.
— Ahm... Perdão. Por favor, me desculpe — Inntouch suplicou, juntando as palmas das mãos.
— Você não olha por onde anda!? — o rapaz bradou, empurrando Inntouch.
— Por favor, desculpe, não foi por querer — ele respondeu, inocente, ignorando os olhares.
Inntouch logo pegou uns guardanapos no balcão, tentando limpar a roupa do mais alto, mas notou que só tinha piorado a situação, notando também a frustração do mesmo.
