𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒂𝒎𝒊𝒈𝒐, 𝒏ã𝒐!

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— Leenam, você tá bem? — o rapaz perguntou, aflito

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— Leenam, você tá bem? — o rapaz perguntou, aflito.

O abraço foi inesperado mas o mais forte que Rice sentiu na vida. Não se importando se as lágrimas fossem exageradamente jogadas contra o peito do rapaz, Leenam se sentia culpada por tudo que aconteceu e tendo bebido tanto e quase morrido naquela noite. 

Ela caiu. Desmaiada.

[...]

A pequena toalha encharcada de água quente era passada levemente sob sua testa. Leenam, que agora se encontrava deitada em sua cama, via Rice na beirada com sua expressão calma de sempre, afastando seus cabelos, dando leves toques com a toalha em seu rosto, cuidando para que a menina não acordasse. Mas foi o contrário o que houve. Ao recobrar a consciência ela só conseguiu sorrir porque Rice estava ali, cuidando dela. 

Relembrar tudo o que ocorreu naquela noite foi um total desespero, mas ao sentir o toque de Rice na sua mão, segurando-a de leve, Leenam se acalmou. E mesmo sem coragem de dizer uma palavra naquele instante ela podia sentir o quão sortuda era por tê-lo. 

— Rice... — ela falhou a voz.

Shhh... Você ainda está com febre. Fica quietinha, por favor — Rice quase que sussurrou as palavras, colocando a toalha quente sob a testa de Leenam. — Vou buscar algum remédio...

— Não. — Leenam segurou seu braço fortemente quando esse fez menção em se levantar da cama. — Fica... Fica aqui...

Rice retornou seu olhar aos de Leenam que agora pareciam estar quase que se fechando. O rapaz fez um movimento leve no qual pousou seus dedos sob a bochecha de Leenam, expressando um sorriso carinhoso, descendo até seu queixo. Em resposta, a garota tocou sua mão sentindo a temperatura baixa da mesma, apertando-a. 

— Me desculpa — ela falou, soluçando.

— Por que? — Rice perguntou, sem retirar o sorriso. 

— Por tudo — Leenam apertou a colcha de sua cama. — Eu sou tão burra, Rice. Sempre tentando me encaixar em lugares que não me pertencem, sempre tentando fazer com que gostem de mim, mudando quem eu sou. Sempre procurando, sempre tentando encontrar alguém perfeito...

— É você é bem burra — Rice disse, Leenam não reclamou. — Eu sempre gostei de você, não importava o que você fazia era sempre algo especial pra mim, mesmo quando você bebia demais e eu tinha que te trazer pra cá, toda vez. Mas eu estava envergonhado demais, ainda não estava pronto para dizer porque nunca tive nada a te oferecer e, bom... Você sempre foi muito independente para poder gostar de um rapaz que era incapaz de fazer qualquer coisa na vida igual a mim... Quando enfim consegui estabilizar minha vida achei seria hora de te dizer, mas você sempre estava a procura de outra pessoa. Eu achei que tocar o seu Love Alarm faria você perceber, mas ainda assim não adiantou e eu estava inseguro demais para dizer em voz. Acho que o burro aqui sou eu.

— Ah, Rice... — Leenam falou, se levantando e mesmo com a dor de cabeça, ela voltou a o abraçar. — Obrigada, Rice. 

— Pelo o que? 

— Obrigada por gostar de mim. 

O abraço durou muito mais do que eles puderam imaginar. E Rice já não podia esperar mais para poder demonstrar o quanto a amava. Sendo assim, separou o abraço, tocando Leenam levemente na nuca, trazendo seus lábios juntos aos seus. Naquela noite, Rice e Leenam sabiam que viveriam um para o outro, pois a sensação de ter finalmente se aprofundado naquele imenso mar de sentimentos era a melhor coisa do mundo. Eles nunca sentiram nada melhor.

Leenam podia ter seu coração quebrado quantas vezes fossem, mas a melhor sensação era saber que tinha alguém do seu lado. Para sempre.

Rice se achegou mais perto de Leenam, transbordando seus sentimentos carregados desde muito tempo agora lançados ali, naquele gesto. Leenam apenas deixava ser levada pelos lábios frios e reconfortantes do rapaz que a encaminhava para a cama, deitando-a novamente. O rapaz continuou o beijo, tendo suas mãos no corpo da cantora que não hesitava em tentar tirar a camisa do rapaz e quando a peça saiu, os dois sentiram seus corpos queimarem, compartilhando o calor do momento mágico que aquela noite foi. 

Certos de que se amariam para sempre.

[...]

As cobertas não serviam para aquecer o casal ali. O silêncio era causado pelo fato de que os dois estavam estasiados, felizes porque finalmente encontraram seu próprio amor. 

— Vamos chocar o pessoal quando contarmos isso? — Leenam perguntou, imaginando a cara de todos seus amigos quando contarem o que houve naquela noite.

— Eu tenho certeza que não — Rice brincou, rindo. Leenam voltou seus olhos ao sorriso do rapaz. — Vamos dizer que você esteve cansada de procurar e finalmente se entregou para quem sempre foi perfeito pra você.

— Eu detesto suas respostas super-sensatas e inteligentes, Rice — Leenam também brincou, revirando os olhos e rindo. O rapaz gargalhou. 

— Tá bom, vamos contar que eu implorei pra você ficar comigo — o rapaz se entregou, mirando o teto. 

— Melhorou. 

Leenam marcou dois beijos na bochecha que Rice. E voltou sua cabeça ao travesseiro.

— Agora temos que contar com o Perth, porque ele também está a procura da felicidade dele — a menina falou, sentindo-se preocupada com o amigo. 

— Sério? Quem? 

— Ele me mandou mensagem dizendo que gosta do Talay — Leenam franziu os lábios. Rice fez apenas um 'hm', conformado. — Você não está surpreso?

— Não. É evidente que o Perth gosta dele, os dois têm passado muito tempo juntos, você acha que eu não percebo essas coisas? 

— Esquece — Leenam se cansou do quanto Rice soava presunçoso quando se tratava dos sentimentos alheios. Mas logo o abraçou pois o amava assim mesmo. — Sabe, quando todos estivermos todos juntos, vamos reunir o pessoal para uma viagem. O que acha? 

— Acho uma boa, desde que você não beba muito — Rice riu, Leenam lhe deu um soco no peito. — Ai! Isso foi a gota d'água, Leenam! 

Rice se jogou para cima de Leenam, fazendo cócegas em sua barriga e a gargalhada espalhafatosa da garota ecoou por todo o apartamento. Rice foi jogado de lado, tendo seus cabelos puxados, dando um grito alto, rindo também. A brincadeira durou até o vizinho de cima reclamar:

Façam silêncio, por favor! Tem gente querendo dormir aqui! 

Com gargalhadas abafadas os dois se ajeitaram na cama novamente, rindo de si mesmos. 

E voltaram a se abraçar, deitados sob os lençóis. Juntos. 


"... porque estamos melhores juntos, você e eu. Nunca senti nada melhor. Não, amor." 


𝙄𝙨 𝙏𝙝𝙞𝙨 𝙇𝙤𝙫𝙚?Onde histórias criam vida. Descubra agora