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 Repetir mentalmente "respire, apenas respire", não estava adiantando nada. Estava ficando ainda mais nervosa, principalmente pelo lobo que permanecia parado em minha frente.

- Ok, ande logo com isso. Quer me matar? Então mate, apenas pare de me torturar.

Fechei os olhos, esperando sentir alguma dor, mas nada veio. Reabri os olhos, a tempo de ver o lobo se deitando no chão. Mas o quê?

- E novamente você teve uma ideia nada inteligente.

- O que você fez com ele?

Virei-me para Romeu. A luz da lua, deixava-o ainda mais belo.

- Nada.

Revirei os olhos. Ele sorriu.

- Heimdall, sente-se!

O lobo prontamente obedeceu, me deixando boquiaberta.

- Você tem um lobo de estimação?

Romeu riu.

- Você não?

- Não.

Após um gesto de mão, Heimdall se aproximou de nós.

- Eu posso...

Deixei minha mão no ar, indicando o que queria fazer. Romeu assentiu.

Acariciei o pelo do lobo, e como eu imaginava, era completamente maciou.

- Nunca pensei que fosse possível domar um lobo.

- São seres instáveis como todos os outros, a única diferença que seu ataque pode ser mortal.

- Quantos vocês têm?

- O que te faz pensar que temos mais?

- O que me faria pensar que vocês não têm?

Ele sorriu.

- Touché princesa. – suas mãos descansaram sobre o animal. – Seis.

- O que fazem com eles?

- Atualmente não muita coisa, apenas levamos eles em algumas patrulhas pela floresta.

- Antigamente?

- Eram usados nas batalhas.

Assenti.

- Não havia visto ele, em nenhuma das vezes que nos encontramos na floresta.

- Deixamos eles andarem livremente poucas vezes.

- E aond...

- Por que você tem que ser tão curiosa?

Sorri.

- Eu não sei.

- Creio que ainda tenha muitas perguntas para mim. – assenti para ele. – Heimdall precisa andar, e eu não posso deixa-lo ir em direção ao castelo, então faremos assim... Andaremos juntos atrás dele, você sacia sua curiosidade e eu ainda faço meu trabalho.

- Tudo bem.

Novamente Romeu fez um gesto para o lobo, que obedeceu prontamente. Vimos o animal correr rapidamente, e passamos a andar atrás dele.

Havia diversas perguntas que eu queria fazer, mas nada me parecia ser bom o bastante para começar.

- Por que me ajudou?

- Você parecia desesperada, e ninguém deveria se casar à força.

- Travou uma guerra direta com a família real apenas por sentir dó de mim?

Doce JuliettaOnde histórias criam vida. Descubra agora