Capítulo 4 - O Leão Dourado

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Alec'Sei

Fazia muito tempo desde que Alec'Sei viajava tão ao norte; ver o bosque que Maya e ele haviam encantado para a Rainha Mab repousar era reconfortante de certa forma, pois ele sabia que a veria novamente.

— Me pergunto a cor de seus cabelos hoje... — murmura para si mesmo.

Mas o sol estava se pondo e ele sabia o que isso significava.
"Amanhã" — pensou e sorriu.

O próprio bosque saúda o seu criador quando ele adentra pelos arbustos floridos, que se recolhem lhe dando passagem. Ouvir o canto dos pássaros, o riacho correndo ao fundo e o vento nas folhas das árvores lhe trouxe o que era apenas a memória dela e a tornou em algo mais real, ao seu alcance.

Alec'Sei vaga até a clareira onde esperava encontrar sua mãe e a Rainha reunidas com todos os outros feéricos do bosque, ele assovia mimicando o som de pássaros, e assim que chega a próximo à clareira um pequeno sanhaço-azul pousa em seus dedos, respondendo seu chamado, mas antes que ele pudesse lhe dar atenção, Maya o recebe de braços abertos e com um grande sorriso no rosto, juntamente com vários outros feéricos.

— Bem vindo, meu filho. Vejo que não sou a primeira a lhe dar as boas vindas. — sorri olhando o pequeno pássaro azul, agora no ombro de Alec'Sei.

— É sempre bom ser acolhido com carinho ao voltar para casa — "casa" ele pensa — eu finalizei os preparativos que Mab...

— Rainha Mab — Maya interrompe.

— Que a Rainha Mab pediu — diz visivelmente incomodado —, o novo bosque está preparado para a chegada de nossa realeza e seus fiéis súditos.

Maya se aproxima de seu filho, tentando tornar sua conversa mais particular a ouvidos alheios.

— E você conseguiu fazer tudo mesmo, minha querida criança? — Pergunta ao colocar a mão em seu ombro.

— Está feito e mais que isso — tira a mão de Maya de seu ombro — está melhor do que qualquer outro que fizemos, a Rainha Mab certamente ficará satisfeita. E caso não fique, você pode consertar qualquer erro que eu tenha cometido.

Maya pondera sua resposta olhando para sua mão que Alec'Sei afastou.

— Em momento algum eu duvidei de suas capacidades, eu apenas... — mas foi interrompida antes de terminar sua frase.

— Não foi o que pareceu. Três décadas separados e a primeira coisa que você faz ao me ver é questionar minhas capacidades. — Ele controla o tom de voz, que a essa altura já havia chamado a atenção de todos e feito o pequeno sanhaço-azul voar para um galho próximo — Eu não sou uma criança que você precisa proteger todo o tempo, posso não ser perfeito como seu escolhido, mas estou longe de ser um incapaz.

— Eu apenas — continua de onde parou — me importo com você e não quero que Mab...

— Rainha Mab.

Maya sorri e Alec'Sei retribui.

— Eu apenas senti sua falta.

— Eu também, mãe.

(¯'*•.¸ƸӜƷ¸.•*'¯)

Quase uma hora havia se passado até que a maioria dos habitantes do bosque estivesse reunida na clareira, os feéricos cercando Maya, que os acalmava e lhes trazia sorrisos, os centauros barulhentos, mesmo tentando respeitar o local sagrado onde pisavam, estavam próximos à lagoa no centro da clareira, alguns gnolls estavam rindo "contidamente" próximos da entrada oeste da clareira e animais observavam dos galhos e arbustos ao redor.

Crônicas de Albaran: Amor de Fadas e Sombras (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora