Twenty-nine

995 58 76
                                    

As esposas dos meus manos, Natália e Paula resolveram ir embora cedo e o Zé foi levar, as crianças estavam cansadas e precisavam dormir. Andressa, Maraisa, Maiara e eu estávamos sentadas na beira da piscina conversando sobre coisas aleatórias.

Os meninos estão todos bebendo, e não, não foi o Gusttavo que os incentivou, ele até que se divertiu muito com suco e refrigerante, foi o tio Edson que me encarou e disse: filha, desculpe mas passar o dia brincando sem bebido é difícil, vou beber viu?

Eu realmente não me importei, curti as meninas que quase não bebiam para ficar comigo. Passei o dia todo com a saída de praia, não entrei na piscina, durante os dez dias que passei aqui ainda não entrei na piscina, justamente para o Henrique dizer: tá me provocando.

Falando em Henrique, ele tá ali com cara de... Quem comeu e não gostou.

Ele está sem falar comigo desde quando o Murilo ligou para mim a tarde, e a Mohana acabou gritando algumas coisas, o que pra mim não foi nada demais além da verdade, quando o meu namorado ligou eu estava com Helena nos braços e depois do que Mohana falou, ele fez Amanda vir buscar a menina.

— EU NÃO TENHO CULPA DO MEU COMPADRE NÃO TER VINDO PARA LHE FAZER COMPANHIA E OUTRAS COISAS, ELE SABE DO QUE ESTOU FALANDO, E VOCÊ TAMBEM. – por causa disso ele ficou com raiva e fez ceninha.

Claro que eu fiquei com raiva, depois ele foi falar comigo com aquela cara lisa. Mohana me pediu desculpa e ele tentou se desculpar mas quando falei que o que há entre Murilo e eu não era da conta dele, Ricelly Henrique pegou ar, e desde então não diz um "a".

As cunhadas nem se aproximam mais de mim, estão com vergonha. Estou esperando ansiosamente pela hora que todos vão dormir para poder entrar nessa piscina, fiquei tanto tempo mergulhada em meus pensamentos idiotas que nem vi as meninas aproveitando a piscina.

Gusttavo cantava alguma música que nem me dei ao trabalho de escutar, estava começando a sentir as dores nas costas de novo, me levantei e falei as meninas que logo voltaria. Entrei em casa, fui direto para o meu quarto, coloquei o celular no carregador e peguei um remédio para dor, antes de sair do quarto vejo a tela do celular brilhar e vou olhar o que tem lá, mensagem do Jorge.

“Eu estava pensando, você está afastada para poder ter o nosso Leozin, conversei com o Mateus e ele concorda com a ideia da gente ir adiantando os preparativos para a festa. Nossa parceria tem que ser algo que marque, então enquanto você descansa, Mateus e eu trabalha, o que acha?”

Amei a ideia, estou com um projeto com os meninos, sou muito fã deles e queremos fazer algo grande, então nada melhor do que eles prepararem,aqueles guri são uns gênios. Obviamente concordei, digitei um: “Estão esperando o que? Eu só vou no embalo.”

Desliguei o celular e desci, cheguei na cozinha e encontro o Ricelly pegando uma cerveja na geladeira, ignoro sua presença e pego um copo no armário, espero ele sair da frente da geladeira para pegar uma garrafa de água.

— Você sabe que uma hora vai ter que falar comigo.

— Ué, eu falar contigo? Foi você que passou a tarde toda me ignorando, esqueceu?

Henrique fica de frente pra mim, reviro os olhos e me olha dos pés a cabeça, ele estava puto de raiva, e eu mais ainda. Aproveitei que ele se afastou da geladeira e peguei a água, enchi o copo e quando fui beber o remédio a Amanda aparece na porta da cozinha.

— O que é isso que você tá tomando? – ela vem em minha direção e toma o remédio da minha mão. — Você não está louca de tomar isso, Marília.

— Por que não? Minhas costas estão doendo.

— Aí para aliviar a dor das suas costas você prefere botar a vida do Léo em risco? – Amanda me olhava séria.

Segunda Chance 1.0Onde histórias criam vida. Descubra agora