Forty-four

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Finalmente, hoje recebo alta.

O médico veio aqui logo cedo avisar que assim que o meu irmão chegar e resolver algumas coisa terei alta, minha mãe está feliz com a notícia, disse que assim que o Juliano chegar ela vai para casa preparar um almoço maravilhoso para mim e arrumar o meu Léo que não sai dos braços do Murilo ou do Ricelly.

Não demorou muito para o Juliano chegar com Mohana que queria me vê, eu estava elétrica, já não via a hora de pegar o meu filho nos braços. Aí Deus, que saudade do meu Léo!

— Que bom que chegou meu filho, essa sua irmã está elétrica, não para de falar um só segundo.

— Mano! – pulei em cima dele que me segurou rindo.

— O que isso maluca?! – ele perguntou enquanto me segurava.

Escutei a risada da Mohana e quase caí me afastando do Juliano para poder a abraçar. Meu irmão gargalhou com a minha inquietação enquanto me segurava para não cair, eu ri também e por fim abracei a minha amiga.

— Ah cunhada, você não imagina a saudade que eu tava docê! – falei a apertando no abraço. —  Vou te contar um segredo – falo me afastando e olhando em seus olhos — Você não é só uma cunhada, você é a minha comadre, a minha amiga, a minha irmã, o meu tudo, posso te assegurar que você é mais que tudo isso. Eu te amo muitíssimo!

Moh abriu um lindo sorriso e me abraçou fortemente, era o melhor abraço de todos. Senti uma lágrima escorrer a limpei me afastando e percebi que seus olhos Brilhavam.

— Eu também te amo muito, mas por que tudo isso? Você está tão feliz...

— Cunhada eu vou pra casa! Hoje recebo alta. – falei empolgada.

Ela soltou um gritinho de satisfação e ouvi o Juliano sussurrar para minha mãe um "finalmente".

— Eu vou na frente, pretendo arrumar o Léo e fazer um almoço maravilhoso para a minha princesa. – mamãe falou.

— Mamãe, será que é pedir muito se eu te pedir que deixe tudo arrumado para gente voltar pra casa amanhã mesmo? Tô com saudade da minha casa, do quarto, da minha cama... Do João e até mesmo do meu paidrasto.

— Claro meu amor, irei preparar tudo.

— Marília...

— Não Juliano, eu não posso ficar no mesmo ambiente que o Henrique e Murilo.

— Claro. – sorri.

— Bom, eu já vou indo.

— Sendo assim, eu irei também tia. – Moh falou.

— Ué, não vai ficar? Você acabou de chegar.

— Vou ajudar minha tia, e você fica calma!

Nos despedimos e elas foram embora, Juliano me olhou por alguns instantes e abriu seu melhor sorriso. Já falei que amo o meu irmão? Não? Com o amo... Sério, eu não sei o que seria de mim sem ele.

Estava me sentindo tão bem, mas forte, mas decidida. Sentia uma falta enorme do Henrique e queria estar perto dele, mas também sentia saudade do Murilo.

Acredito no que ele me falou a respeito da Emilia, aliás durante a minha estadia no hospital o irmão dela me ligou, a pedido da Emília ele me contou tudo o que estava acontecendo, disse também que desejava minha melhora e que o Murilo lhe avisou que quando fosse visitar a moça, me levaria.

Não sei se quero vê-la tão mal, ou se quero detalhes de como foi para o Murilo e ela abrirem mão do bebê. Não desejo isso para ninguém, imagino que deve ser uma dor terrível, só de passar esses dias longe do meu bebê já estou ficando louca, imagina ter que abrir mão dele pela minha vida? Não, eu acho que preferia a morte, não estou os julgando, mas sinceramente? Nunca abriria mão do meu filho para que eu pudesse viver um pouco mais.

Segunda Chance 1.0Onde histórias criam vida. Descubra agora