As estradas enlameadas pelas fortes chuvas que haviam castigado aquele canto do mundo no dia anterior tornavam a tarefa de transitar por ali quase impossível.
Mas isso não parecia ser um empecilho para Sebas, que seguia em seu ritmo constante de caminhar, os seus sapatos sociais camurça e o resto de suas finas vestes não eram bem as roupas adequadas para esse terreno, seu smoke preto e sua camisa de linho branca que contrastavam bastante com seu cabelo e cavanhaque ruivos que se assemelhavam a labaredas de fogo.
Incrivelmente suas vestes por alguma razão continuavam impecáveis no meio daquele lamaceiro todo.
A falta de iluminação e a falta de estrelas visíveis no céu naquela noite dificultavam um pouco o sentido de localização dele, mas nenhum desses empecilhos era um grande obstáculo para sua jornada.
"Me sujeitar a coisas assim não faz bem para minha coluna, acho que finalmente a idade veio me cobrar, tenho de chegar logo para poder descansar um pouco" disse Sebas enquanto soltava pequenos bocejos.
Ele continua caminhando por mais alguns metros e então de repente se detém, olha fixamente para algumas marcas no meio da lama e após as analisar, começa a procura em sua volta algo.
Sua cabeça para na direção sudoeste, ele serra seu olhar, e solta uma pequena gargalhada, volta seu olhar mais uma vez para o lamaçal e parece procurar alguma coisa, solta uma pequena exclamação e puxa do chão ao oque parece uma pedra toda coberta de lama.
Sebas a examina superficialmente e parece estar satisfeito com ela, encara fixamente o sudoeste e começa a jogar a pedra de uma mão para outra e a fazer isso cada vez mais rápido, até que de repente a pedra começo a emanar uma incandescência e a ficar com tonalidade como se fosse um pedaço de metal aquecido na forja.
Ele para e observa com aprovação a pedra e em seguida ela começa a emanar pequenas chamas, um sorriso de canto surge na sua boca. E então se prepara e arremessa com força em direção sudoeste, um caminho de chamas cruza o ar e quando parecer chega no seu alvo um estrondo de explosão e gritos de pavor se ouvem ao longe algumas labaredas dançam e se levantam da zona de impacto.
Criaturas chamuscadas começaram a surgir correndo apagando as labaredas que estavam queimando seu pelo, eram 8 ao todo, pareciam ser hienas em corpos humanoides, vestiam peças de armaduras desgastadas e empunhavam lanças com ponta enferrujadas., uma delas que era anormalmente maior do que a demais empunhava um mangual.
Após se recuperarem do susto inicial, as criaturas voltaram seus olharem para raivosos na direção de Sebas e partiram freneticamente em sua direção rosnando e gritando gritos estridentes de ataque.
Sebas demonstra um semblante calmo e permanece imóvel até os seus atacantes estarem apenas alguns centímetros de o alcançar, o que leva alguns instantes porque o terreno não favorecia um ataque furtivo ou rápido.
Ele consegue se esquivar com muita facilidade das investidas inimigas.
Sem demonstrar nenhuma reação ele simplesmente rechaça cada uma das criaturas com uma serie de chutes que aparentam ser normais, mas atiram-lhes extremamente longe,
As criaturas 7 criaturas menores se agrupam em uma formação que lembra uma ponta de flecha levantam suas lanças e avançam enquanto o maior vem girando o seu mangual e se preparando para atacar assim que as lanças o perfurassem.
E quando as criaturas estão a poucos centímetros de o acertar, ele some diante dos olhos de seus atacantes.
"Estranho não é comum animais desprezíveis como vocês terem toda essa organização militar"
Então Sebas simplesmente aparecem a cerca de 20 metros no lado direitos de onde estava.
Ele arruma sua postura e solta uma risada.
"Vamos terminar logo com isso, não tenho tempo para brincar com animais"
As criaturas rosnaram, tentaram levantar as lançar para outra onda de ataque, e notam que as pontas de suas lanças estão derretendo e tem um liquido corroendo todas as armas quebram e se destroçam.
Elas recuam alguns passos, olham para a maior delas que solta um rosnado misturado com uma risada e profere palavras em um idioma gutural, em seguida os pequenos partem para atacar Sebas com mordidas arranhões com garras que foram preparadas para destroçar ossos.
Sebas suspira e diz:
"Então vocês decidiram morrer, venham então que eu assumirei o papel de carrasco no jogo de hoje"
Uma garra negra que emitia um tom esverdeado em suas extremidades se formam na sua mão direita.
Todos o atacam simultaneamente de forma desesperada, mordidas, tentativas de mutilações, golpes do mangal que era balançado de maneira frenética, nenhuma das tentativas de ataque sequer conseguiram acertar o seu alvo de destino.
Sebas desviou sem problemas dos golpes, e conforme desviava ia golpeando do os, um a um ia caindo com um corte limpo na região da garganta que desintegrou carne, músculos e ossos.
"Vieram de tão longe para morrer como vermes, triste como serem inferiores não simplesmente não reconhecem seu tamanho, deveriam ter rastejado para o buraco fétido quando tiveram a oportunidade"
Diz Sebas pegando com sua garra a cabeça da maior criatura maior e segurou, fumaças saíram dela e a carne foi derretendo e se soltando até sobrar apenas o crânio na sua garra.
Após encarar por alguns momentos e depois o jogou junto com o resto dos outros cadáveres decapitados, fez sua mão voltar ao seu estado inicial.
Se virou e continuou sua caminhada, pois ainda faltava uma longa distância a ser percorrida até ele finalmente enxergar o mar.
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Crônicas de um vagabundo
FantasyUma fantasia feita pra ser fluida e simples, escrita por um por um autor imprestável