be mine [Chanlix/Chanbin]

{11} Prelude

AVISO
talvez vc oficialmente me odeiem depois desse capítulo rsrsrsrsrs

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Bastou três doses de tequila para eu já estar tagarelando pelos cotovelos, contando como sou uma cadelinha por Seo Changbin e como fui rejeitado mesmo sabendo que sequer devia ter me declarado.

Felizmente Ryujin e Ravi são ótimos ouvintes e me pouparam do sermão que Bambam me daria. Ou assim pensei. Mas bastou eu voltar do banheiro um pouco mais sóbrio que Ryujin mudou a postura e começou a fazer "pequenas observações construtivas de uma amiga sensata", segundo a própria.

- Você precisa se desculpar com aquele bebê. - Ela insiste, roubando meu copo e me impedindo o acesso a qualquer nova dose. - Agora, Christopher.

- Primeiro. Embora eu não seja chato com esse lance de idade, não sou liberal o suficiente para aceitar ordens de alguém mais novo. - Digo recuperando meu copo, então viro a dose antes de voltar a encará-la. - Segundo, vai ser melhor pra ele ficar longe de mim. Caso eu vá me desculpar só vou piorar tudo. A doçura machuca, Ryujin.

- Eu entendo teu ponto e não estou falando para ir mimar o garoto-

- Ele é mais velho que você. - Interrompo com um sorriso torto, fazendo ela revirar os olhos com impaciência.

- O ponto é que você foi desnecessariamente rude, para não dizer coisa pior, e deveria se desculpar. É algo humano de se fazer.

- Eu não fui rude.

- Você pisou nos sentimentos dele, rude é eufemismo.

- Você fala como se eu tivesse dado um fora nele, mas ele sequer gostava de mim. Fiz isso pra evitar que algo assim acontecesse. Cortei o mal pela raiz.

Ryujin volta a cruzar os braços sobre o balcão e inclina o corpo para frente, me lançando um olhar intenso.

- Você acredita mesmo nisso? Acredita mesmo que ele ainda não gostava de você?

- Por que gostaria? Não faz uma semana que nos conhecemos.

Ela me analisa em silêncio por um período longo demais, então suspira, desviando o olhar.

- Existem coisas que outras pessoas não podem nos ajudar a enxergar. Espero que você perceba sozinho o que é certo e entenda o que precisa fazer. - Ela termina seu terceiro drink não alcoólico e se levanta. - Vejo que está sóbrio e bem, então vou indo primeiro porque meu pai está me ligando. Já pedi para outro carro vir. Ele vai ficar lá fora e quando quiser ir embora basta avisá-lo.

- Ei, não precisa nada disso. Eu pego um táxi. - Digo me levantando e lhe dando um abraço desajeitado.

- Prefiro que seja um dos meus te levando. Me ajude a gastar o dinheiro do meu querido papai. Quem sabe por um milagre ele se canse de gastar comigo e me liberte. - Diz em tom descontraído, rindo baixo embora seus olhos se mantenham enevoados por esse pesar de quem sabe que isso não passa de um desejo.

- Okay. E... Obrigado por hoje. - Afago seus cabelos no gesto mais fraternal que tive com uma garota que conheço a tão pouco tempo. A estranheza do momento atinge ela também, e ao fim nós dois estamos pigarreando e seguindo para a porta.

Me despeço quando ela entra no carro e fico ali parado, encarando a noite enquanto pondero o que ela me disse sobre ligar para Felix. Gasto bons minutos nessa contemplação silenciosa até desistir, novamente. E num sobressalto me recordo do trabalho. Yugyeom me pediu para assumir um turno hoje... E eu perdi completamente.