Um mês para ter você

Day 1

Olá, seja bem-vinda(o)! Se você chegou aqui por recomendação de algum amigo, ou enquanto procurava alguma fic nova para ler ou simplesmente viu a fic enquanto passava de um capítulo para o outro, você talvez tenha caído no lugar certo para umas boas doses de romance, quem sabe algumas risadas e, eu espero, muito arco-íris para vomitar! (essa última parte sempre soa bem melhor na minha mente)

Algumas breves explicações que quero dar:

1- Não será muito longa, cada capítulo será um dia delas. Terá, no máximo, 32 capítulos (31 dias e um epílogo).

2- Foi a fic que me deixou mais empolgada! É minha segunda fic, então ainda estou aperfeiçoando (tenho uma fic em outro perfil).

Enfim, acredito que é isto! Boa leitura, votem, comentem e compartilhem! <3

____________________________________________________________________________________________________

Lauren

Tiro meus fones e a música alta ressoa pelo carro silencioso, assim que papai para em frente a uma casa em Brookland, um dos bairros de Washington. Respiro fundo, ponho minha mochila no ombro e saio do carro, sendo seguida pela minha irmã caçula, a Taylor, e meus pais. Enfio as mãos nos bolsos do casaco, tentando aquecê-las. Hoje não está um frio de doer até os ossos, mas ainda assim está frio.

-Chegamos!- ele fala mostrando a chave da casa, que eu prontamente pego de sua mão e vou entrando.

A casa até que é espaçosa e muito bonita. Nossos móveis já estão aqui, o que explica termos passado três dias num hotel em NY antes de finalmente virmos para cá. No centro havia uma escada grande, que dividia os fundos da sala em dois. Subo por elas e começo a procurar meu quarto, querendo somente me esquecer que, daqui algum tempo, essa não será mais minha casa. Assim que encontro meu quarto, vejo que algumas coisas minhas ainda estavam em caixas, esperando que eu colocasse minhas mãos nelas para, finalmente, deixar meu quarto à minha cara. Quase literalmente, já que eu tinha uns dezessete porta-retratos no meu quarto. Jogo a mochila ao lado da porta e começo a vasculhar nas caixas a procura do meu bebê mais precioso.

-Pai?- chamo sua atenção, já na sala, com meu skate na mão.- Vou dar uma volta por aí, conhecer o bairro.

Jogo as chaves para ele e saio de casa, sem esperar resposta. Meu pai já não ligava muito para onde eu ia desde os meus dezenove anos, quando começamos a nos mudar pelo menos duas vezes no ano graças a sua empresa. Claro que eu estava feliz por isso, o sonho do papai está se realizando! Mas minha irmã ainda é uma pré-adolescente e demora a se adaptar a novas escolas, novas pessoas, novas rotinas... e eu ainda quero poder destrancar a faculdade e me firmar em um lugar só. Meu sonho ainda é terminar de cursar fisioterapia, diferente do que papai pensou. Provavelmente Taylor será quem irá assumir a empresa quando ele partir. Era para ser o Chris, meu irmão mais velho, se ele tivesse escutado meus pais naquela maldita noite e não saído de carro para uma festa, dez anos atrás.

Balanço a cabeça e me dou conta de que estou parada na porta de casa. Caminho até a calçada e deixo o skate no chão. Tomo impulso e começo a olhar a rua. Não parecia tão ruim, tinham muitas árvores por ali. Por ser fim de outono, a maioria já estava sem folhas e, as que ainda tinham algumas, estavam laranjas ou amarelas, prestes a cair. Haviam muitos carros estacionados dos dois lados da rua. Algumas pessoas saindo de casa com crianças ou sozinhas. Alguns quarteirões depois da minha casa, observo uma garota saindo de casa. Pele cor de caramelo, cabelos escuros, baixa. Arrumava uma mochila nos ombros enquanto digitava algo no celular e, logo em seguida, o levava ao ouvido. Acabo caindo do skate quando ouço uma buzina ao meu lado, me tirando de repente dos meus pensamentos.