Ainda me lembro, nunca vou esquecer talvez...
Sobre a garota desengonçada, que nem salto sabe usar, pisa no vestido, e não sabe colocar um batom sem borrar, e só ver as coisas com os óculos depende dele pra tudo? Essa sou eu, simplesmente eu.
Quase esqueci entre tantos pensamentos, me chamo Marie Constbell e estava relembrando o fim do ensino médio, a formatura para ser mais objetiva. Estava lá eu a esquecida, cabelos pretos amarrados em algum coque estranho, Vestido longo e altamente estranho, eu nem me sentia bem, fui obrigada a me arrumar daquela forma, aquele chapel que era maior que minha cabeça me tirava toda atenção todo o tempo.
-... e esta é a turma de 2013 do colégio... - Dizia a diretora quem nem lembro mesmo o nome depois de meia hora, de discurso chato e sonolento, enfim ela começa a chamar os alunos - … aqui seu diploma a nossa querida Camilla Louter nossa aluna, e representante ... Candace Marie … Danie Kosteny...- e assim até chegar ao meu nome.
Estava subindo as escadas e pegar meu diploma, eu estava decidida de que deixaria tudo que foi ruim pra traz, naquele momento pensei como poderia ser minha vida adiante, Faculdade. Era em câmera lenta avistava apenas minha vó, tão fiel a sua neta, que foi a única que veio me prestigiar, mas tudo bem sempre foi assim ela era a unica e apenas que se importava.
É eu até pensei que poderia colocar este dia na lista dos “Melhores dias da minha vida” , mas eu estava errada. Sabe por que? Porque eu amava um garoto desde a primeira série, chamado Brian e por um segundo ele estava lá, sentado me observando do pé a cabeça. Quem era eu neste momento, ele deu um sorrisinho torto pra mim, estava todo arrumadinho, Aqueles olhos claros, cabelos dourados, olhou bem aos meus olhos, ele sabia que eu existia? Naquele momento sim, mas antes não, eu sentava na frente, ele lá no 'fundão', eu era nerd, ele jogador, eu não era popular, ele dava festas todos os sábados, eu, bom eu nunca fui convidada. Era amor platônico mesmo, fazer o que essa era minha vida, Eu sempre tentava fazer com que algo impossivel, fosse possivel, nunca dava certo.
Eu me perdi sobre ele, e me perdi sobre meus pés, claro! levei o tombo do século, cai das escadas e todos riram de mim, inclusive Brian, ele até gravou e colocou em uma rede social, eu já era acostumada, mas isso foi demais.
Sai chorando, com as mãos sobre meu rosto, queria que ninguém pudesse reparar minhas lágrimas, pensei que ele era um garoto bom , mas eu estava errada, a dor maior foi a vergonha e o constragimento. Nem aproveitei a festa, mas isso era o minimo. Meu diploma? Minha mãe foi buscar na segunda-feira, porque desde aquele dia, eu não queria aparecer na escola.”
Nasci em Ohio, morava lá com minha família classe media, minha mãe Anna é médica, cirurgiã meu pai Frankie é da mesma especialidade, diz eles que se conheceram em um hospital de emergência, mas isso não vem ao caso agora. Meu irmao mais velho Cody é dentista, fez as melhores obturações nos maiores artistas de Hollywood, ele é muito vaidoso, popular e muito orgulhoso, ainda mora com meus pais, namora varias mulheres, da ultima vez estava com uma mexicana, até bonita porém deixou ela em 2 meses de namoro, ninguém sabe porque! agora está com uma dançarina de um programa de TV.
Eddie, meu irmão mais novo ele tem 14 anos, é outro orgulhoso, vive de pernas pra lua, e é mimado todo momento naquela casa, vive dando festas e adora, adora mesmo me irritar, ele me apronta as piores pegadinhas, e me faz as piores supresas.
Parece que a única pessoa normal ali é minha vó, sim a minha velhinha, lembra que disse que ela estava lá me prestigiando... é a única que me ama e me entende verdadeiramente alí. Ela me ensinou tudo que eu sei, ele é minha inspiração, que me educou da maneira certa, me apoia de todas as formas, e faz meus dias mais felizes, não sei o que seria de mim sem Elisa.
Eu relembro todos os dias bons, quando eu tinha 6 anos,ela me empurrava no balanço, que hoje nem sei se ainda há sua existencia. Me contava boas e velhas historias, entre outras varias coisas. Me dava liçoes de moral, acho que todos os dias. Ela escrevia livros e poesias, pinta quadros, e sabe dançar valsa, posso te afirmar que ela é uma completa dama. No ultimo natal, me entregou umas das melhores cartas que já pude ter a honra de ler.
” Não importa o que aconteça, o que houver, a qualquer situação siga seu coração minha neta, veja que muitas pessoas são infelizes, porque preferiram seguir os o dinheiro e o orgulho, do que aos seus instintos, se esqueceram e não foram além dos seus limites ,acreditar no impossível é deixar que fé e o amor envolva sua historia porque se for pra ser feliz, será” .- Elisa
Hoje começa meu segundo ano na faculdade de medicina, meu pai está pagando tudo, eu faço em Massachusetts. Bem longe de casa, vou ser a próxima cirurgiã nesse mundo. Sei disso desde que me conheço por gente, meu caminho já estava todo feito, eu só preciso terminar de caminhar sobre ele, é o que meus pais querem! Se estiver em duvida minha vó não faz parte dessa medicina familiar tradicional, ela era artista, minha mãe a odeia até hoje por querer fazer quadros e não cirurgias, só mora lá na casa por não ter renda de ter a própria, desde que o vovô faleceu. Viver a custas dos outros e ainda ser humilhada, isso é um pesadelo, sempre foi. Ela me diz, que mamãe nao era assim quando pequena, ela a obseva-ra todas as tardes vovó pintar quadros, mas depois que se casou, ela mudou completamente. Sinceramente nao entendo, tento tirar ela desse labirindo, mas nunca acho a saida,mas posso até achar, quem sabe?
Mais um ano aqui, eu me sinto presa , talvez penso comigo mesmo que não é meu lugar, mas não posso decepcionar meus pais, imagina só a tempestade que poderia cair sobre mim. Tenho medos, são maiores que meus sonhos. As vezes eu digo que eu sou sortuda de ter a família que eu tenho, as vezes penso que isso não passa de uma pedra no meu caminho. Eu nunca sei quando posso, eu nunca sei se quando vou, eu não sou completamente feliz, mas faço o que eu posso. Estou mais concentrada do que antes, estudo muito, nem tenho tempo pra mim, estou morrendo aos poucos, e talvez vai ser assim pra sempre, Talvez!
oi, oi gente!!
me chamo Beatriz e espero que amem a história!
é meu primeiro livro, creio que possam achar meio ruim, mas prometo melhorar!!
Amo voces s2
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Apenas, Você
Teen FictionMarie Constbell, estuda em umas das melhores universidades de Massachusetts, Medicina. Nascida em Ohio, Passou muitas vergonhas alheias na escola, por ser uma garota desengonçada e muito intelectual. Tenta superar tudo, na faculdade, mas se dá mal...