Em Perpetuidade

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Sumário: Eu a amarei como o infortúnio ama os órfãos, como o fogo ama a inocência e como a justiça gosta de sentar e assistir tudo dar errado.

Notas:  E é isso, meus amores. O fim, hahaha.

Neste capítulo, veremos tudo chegar quase ao fim — afinal, precisamos de algum material para a sequência. O peso das ações de Macarena a pegará de surpresa, mas quando se trata dessas duas juntas, não há fogo grande o suficiente que não possa apagado.

A citação é de Lemony Sicket.





Macarena olha para o balcão na frente dela com uma sensação incapacitante subindo dentro do peito.

Ela estava com a lombar apoiada perto do fogão, olhos claros queimando buracos sobre o mármore à sua frente, dedos finos girando mechas loiras em um ritmo ansioso — erguendo o olhar, ela solta um suspiro frustrado quando ler cinco e cinco da manhã no velho relógio de madeira na parede.

O tempo tinha acabado.

No momento em que viu o ponto vermelho piscante se movendo lentamente na tela do laptop alguns minutos atrás, ela acordou Fabio com dois gritos. O homem quase caiu da cama de susto, erguendo os olhos irritados para ela, sobrancelha levantada em questão.

Ela não lhe disse nada, simplesmente virou a tela para ele — o ponto vermelho se movendo em um ritmo letárgico no mapa de satélite aberto. O rosto dele tinha drenado todas as cores, levantado-se rapidamente, colocando uma camisa antes de sair do quarto e entrar no corredor.

Macarena simplesmente carregou o laptop nos braços até a sala enquanto Fabio acordava todo mundo — seu punho batendo furiosamente em todas as portas, gritando no topo de seus pulmões para que todos se levantassem.

A loira colocou a máquina em cima da mesa, os olhos seguindo o ponto piscante com uma unha presa entre os dentes. A pequena marca estava se movendo em um ritmo semelhante ao de uma pessoa andando — o colar estava provavelmente sendo transportado pela casa por um guarda, ela adivinha — o que significa que ainda não está se movendo em direção ao cofre.

Eles ainda tinham um pouco de tempo.

Fabio entra na sala em um ritmo frenético, pisando ao lado dela na mesa para observar o ponto também.

"O que você acha que está acontecendo?" Ele pergunta, com as mãos apoiadas nos quadris, um franzir profundo cortando seu rosto.

Soltando um suspiro, ela tira a mão da boca para enrolá-la na frente do peito, cruzando os braços com força.

"Provavelmente transportando o colar para a van. Emílio prefere trabalhar bem cedo. Com o sol nascendo" Ela responde, seu olhar se movendo para a varanda.

O céu ainda estava escuro.

"Portanto, temos um pouco de tempo para trabalhar." Fabio murmura, passando a mão pelo pescoço para aliviar a tensão — adormecer em uma posição sentada depois de assistir a tela a noite toda certamente fez um trabalho desagradável nos tendões daquela área.

Ele sabia que as coisas estavam quietas demais.

Fabio havia limpado, carregado e testado todas as armas que ele e Valentín trouxeram de sua fonte por pura ansiedade, guardando-as dentro de uma mala debaixo da mesa da sala de estar — suficientemente perto para que pudessem alcançá-la a qualquer momento.

Se sua carreira como guarda de prisão lhe ensinou alguma coisa, é que as coisas podem mudar de quietas para caos num piscar de olhos.

Virando o rosto para a mulher ao lado dele, ele solta um suspiro quando seu olhar cai sobre a linha roxa furiosa que estava cortando seu pescoço.

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