Sumário: Dançando juntas em tempo triplo, movendo-se em círculos, estou flutuando ou estou afogando (em) você?
Notas: Nesse aqui, veremos um glimpse de como essas duas agirão no futuro, quando estiverem livres para roubarem o quanto quiserem.
Não iremos ler sobre a vida de crime delas nesta história, mas saibam que eu tenho uma sequência em planejamento com intuito de retratar justamente essa parte — assim como um outro detalhe que vocês iram descobrir um pouco mais a frente. *risada maléfica*
"Eu nunca entendi por que as mulheres demoravam tanto para se arrumar."
Macarena revira os olhos quando termina de aplicar o batom vermelho nos lábios, optando por simplesmente ignorar Zulema. Endireitando-se, ela olha para seu reflexo no espelho de corpo inteiro à sua frente.
Cabelo preto nunca combinou com ela, realmente. Ela nasceu com ele, mas sempre pensou que a cor a fazia parecer esquecida, um rosto que entrava na mente das pessoas e logo saía, sem deixar vestígios para trás. No segundo em que ela teve idade suficiente, ela o tingiu. Principalmente porque ela achava que a cor faria os homens gostarem dela — isso parecia extremamente importante naquela época.
Quando ela estava na prisão, funcionou um pouco demais, na opinião dela. A cor loira se tornou um grande problema no momento em que ela entrou — se tornando o centro da obsessão de Sandoval.
E agora, combinava demais com ela para mudar.
Sua peruca mal tocava seus ombros, apenas alguns centímetros mais curta que os cabelos de Zulema — mechas escuras emoldurando suavemente seu rosto, junto com uma franja que chegava à linha de suas sobrancelhas.
A cor combinava muito melhor com Zulema do que consigo mesma, ela pensa, longe de ser esquecida — era, de fato, uma das coisas que a tornava muito mais difícil de se livrar. Ela frequentemente se lembrava das vezes em que passava os dedos por mechas escuras, puxando-os com tanta força que ela sibilava.
Soltando um suspiro, ela dá uma última olhada para si mesma — ela estava quase pronta, a única coisa que faltava agora era...
"Fecha meu zipper?"
Macarena pergunta, erguendo o olhar para observar a mulher esparramada na cama através do reflexo do espelho, sem se preocupar em se virar — seu vestido estava meio aberto, o zíper parando no meio do caminho. Ela tentou fechá-lo sozinha, mas em vez de parecer uma idiota na frente da mulher, ela prefere pedir ajuda.
Zulema levanta uma sobrancelha antes de lentamente pousar o livro, um sorriso começando a se formar nos lábios.
Ela não vê a morena desde ontem.
Todo o grupo havia sido implementado o trabalho de estudar seus próprios arquivos pelo resto do dia, por sua própria solicitação.
Após aquele fiasco, ela decidiu que poderia aproveitar a oportunidade para garantir que Fabio não suspeitasse de nada, o que significa que ela ficou presa a ele por horas, indo e voltando sobre o que deveriam fazer. E depois disso, ela estava comendo ao lado dele, lendo ao lado dele, até dormindo com ele mais uma vez — qualquer coisa que pudesse fazer para garantir que ele estivesse prontamente enganado.
Ela se recusa a deixar as coisas começarem a ir para o inferno tão perto da linha de chegada.
Tanto quanto ela podia ver, ele estava feliz como sempre em sua companhia. Ele nem sequer discutiu quando ela sugeriu esta manhã que provavelmente era melhor para ela e Zulema se arrumarem juntas no quarto deles — afinal, era o único quarto com um espelho de corpo inteiro, e ela realmente precisava de um momento a sós com morena para esclarecer algumas coisas. Ele apenas soltou um grunhido antes de beijar sua testa, dizendo que estará verificando o equipamento uma última vez.
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Waterloo
RomansaNove meses após o tumulto na prisão, Macarena volta para fazer uma oferta e Zulema se vê incapaz de recusar. Eu não possuo Vis a Vis, nem seus personagens, referências foram usadas, elas pertencem aos seus respectivos proprietários. Durante os prime...