A vida da mãe no começo

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Aquele que ruge como um leão".

"Meus filhos, quando vocês crescerem, serão todos reis entre os homens".

"Aquele que ruge como um leão".

"Minhas filhas, quando vocês crescerem, todas embalarão os filhos de seus

filhos".

Nnu Ego, que estava ajoelhada enchendo o cachimbo da noite para o pai, ergueu os olhos e

sorriu para ele. "Seu amigo Obi Idayi está chegando, pai. Lá fora, ouço as pessoas saudando

o nome dele".

"Também estou ouvindo. Pelo número de vozes, parece que há muita gente lá fora, Nnu

Ego".

"É mesmo, pai, todos vêm brincar em nosso alojamento".

"Pelas vozes, quase todos rapazes...".

Ela sorriu de novo, tímida. "Eu sei, pai".

Idayi entrou. "Meu amigo Agbadi, você precisa fazer alguma coisa com essa sua filha".

"Aquele que ruge como um leão", disse Nnu Ego, cumprimentando.

"Você viverá para embalar os filhos de seus filhos, filha de Agbadi e Ona. Vá, filha, e

traga a melhor bebida de seu pai; e, aqui, encha meu cachimbo, também".

"Sim, pai".

"Ouça, Agbadi, na parte de fora de seu alojamento parece haver algum tipo de

congraçamento. Permita que alguém se case com essa menina. Faz muito tempo que ela

ultrapassou a idade da puberdade. Você não vai querer ser um segundo Obi Umunna, vai?".

Os dois homens riram. "Que homem burro. Não posso nem pensar nele", disse Agbadi,

soltando baforadas do cachimbo. "A questão é: Nnu Ego é a única parte de Ona que eu

possuo. Claro, ela não é arrogante feito a mãe, mas seu jeito de jogar a cabeça para trás

quando encara alguém, seu passo ligeiro...".

"Eu sei", concordou Idayi, recordando os acontecimentos de mais de dezesseis anos antes.

"Tudo isso traz Ona de volta para você. Hmm... já não se fazem mulheres como ela".

"Não, não se fazem, meu amigo. Que bom que tivemos a melhor de todas elas".

Nnu Ego entrou com o vinho de palma.

"Onde está o cachimbo de Idayi, filha?".

"Ah, pai, esqueci. Vou buscar".

"A cabeça de sua filha não está aqui. Ela sonha com seu homem e sua própria casa. Não a

deixe sonhar em vão. Afinal, suas companheiras de idade já estão tendo os primeiros e

segundos filhos. Pare de rejeitar os rapazes, Agbadi; permita que um deles se case com Nnu

Ego".

"Prometi a Amatokwu que pensaria no filho dele. É um dos que estão lá fora".

"Não são más pessoas, os Amatokwu. E aquele filho foi de grande ajuda para o pai no ano

passado. Não vejo por que não seria um bom marido para Nnu Ego. Ela seria a esposa mais

velha".

Nnu Ego trouxe o cachimbo, agora cheio, e disse: "Se você precisar de alguma coisa, pai,

estarei lá fora com meus amigos".

As alegrias da maternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora