Capítulo 9

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17ª Nota

O dia começa com dor de cabeça, bom começo para 2013, me encontro à escrever na varanda logo após ter garfado na casa-de-banho. Devem ser por volta das três da tarde mas isso não me interessa, já tomei remédio para melhorar...

Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de esquecer as cousas difíceis da vida e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, mas vê esperança em tudo. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí e que assim por consequência não precise afundar-me em vinhos caros ou champanhes, até em cervejas ou drinques de vez em quando. Que eu possa ser normal ao menos uma vez na vida!

Por que estou falando isso? Vejamos, eu tenho de tudo para me dar bem na vida e ser feliz mas à mais ou menos 3 meses atrás minha família era um inferno, meu avô acusava de minha avó Victoria de te-lo traído, se eu me importo? Finjo que não, mas isso apenas atrapalha tudo o que eu tenho em mente, e por que eles estavam juntos na noite de Natal? Por grana penso eu, caso a mídia visse eles separados isso seria um transtorno.

Por que estou revoltada hoje? Porque estou de ressaca e de TPM, tenho flashes horríveis da noite da virada e irei te contar porque estou nesse estado deplorável.

Cheguei no glamour na boate ontem junto com meu irmão que estava dentro de calças pretas justas e uma camisão largo branco simples e elegante, Trudy também nos acompanhava dentro de um curto e justo vestido brando de paetê. Chegamos na boate por volta dar sete e meia, para a abertura do coquetel, e obviamente que haviam ali paparazzis que me irritavam, finjo o sorriso sempre que os vejo.

Casa cheia, pessoas bêbadas, pessoas se beijando, danças nada comum para os latinos, sim pessoas famosas estavam lá, se não me encano vi um rapaz de cabelo preto e olhos azuis que tinha pinta de artista... Não vem ao caso.

Bebemos, e por incrível que pareça aquela boate cara havia jogos de fraternidade, não me lembrava de ter visto isso aqui no ano passado... Pelo que lembro fui até a cobertura e avistei Joshua, fui simpática e o disse oi, o que não resultou muito bem... Ele me desafiou no beer-pong como na época das festas na casa de fraternidade onde alguns amigos nossos moravam, e eu lhe rendi uma partida, na verdade estou à mentir, devo ter jogado ao menos umas 4 partidas por causa de revanches e se você me acha tola, você tem a razão, sabes por que? Bem... Depois dos jogos eu fazia tudo por impulso e me deixei levar pela "festa", além das bebidas de beer-pong, meu corpo pediu por shots e eu saciei tal pedido, no que resultou?

"10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1... Feliz 2013!"

Depois disso só lembro flashes como já disse. Lembro que flertei o rapaz de cabelos negros e olhos azuis.

"Puf" (apaguei não lembro mais),me lembro de ter visto meu irmão beijando Trudy.

"Puf" eu estava na casa-de-banho e vi uma rapariga correr e gorfar.

"Puf" estou de novo na cobertura vendo o céu e dançando como nunca.

"Puf" beijei alguém.

Logo voltei ao meu estado consciente mas eu não estava 100% para ficar me remexendo muito mas fiquei por lá mesmo, peguei uma garrafa, dançava e bebia, até que vejo um vulto a me agarrar como eu não enxerguei, fui na laia desse desconhecido, eu o agarrei posteriormente também e o beijei, um beijo apressado com mordidas tanto em meus lábios quanto em meu pescoço, eu entrei na marra do beijo, o puxei com força pelos cabelos e cola da blusa, unhei seu pescoço e seus braços, fucei por baixo dos botões de sua blusa seus músculos, ele apertava com vontade minha cintura e puxava meus cabelos, eu mau respirava em suas pausas para beijar meu pescoço e ele já voltava para minha boca com ferocidade, ele parou e deu um gole em minha garrafa que já estava no chão, me deu um gole e voltou a garrafa para sua boca, depois a deixou de lado novamente, e voltou a me atacar, um jeito gostoso e ágil, aquele era meu ritmo, sempre foi, agora ele apertava minhas coxas e mordida meus lábios com mais intensidade, conforme o beijo foi se tornando mais "quente" eu coloquei minhas mãos em seu peito e o empurrei...

Outro "puf" eu estava onde me lembro ainda do último flashe na cobertura encostada do parapeito da mesma enquanto J está do meu lado me encarando com uma cara mais atraente impossível, ele estava despenteado e com um roxo no pescoço...

"Puf" estou na casa-de-banho com meu shorts sem ser atado e estou em cima da sanita.

"Puf" encontro-me na entrada da boate entrando no carro de Trudy, lembro de ter chegado em casa à procura de Minha Alma e devo ter rabiscado algo até que "desmaiei" na minha cama e só vim à acordar hoje.

Não sei o que aconteceu mas vou ligar para Joshua e perguntar se ele sabe de algo.

Vou também me entupir de remédios e dormir o restante de 1 de janeiro todo.

Adeus.

Por: Alice Grayson.

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