Minha mãe tanto quanto ela

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— É uma menina! – grita Alex animadamente, enquanto pula em cima da irmã, a qual a segura no colo para que não cai no chão.

Estavam todos os amigos na casa de Elisa, em Midvale. Decidiram da a noticias a todos lá e aproveitar para passar o final de semana. Com Kara e Lena, estavam Alura, Winn, James, Maggie e Alex.

— Eu não ganho abraço também não? – pergunta Lena fingindo indignação.

— Não! – responde Alex, fazendo Kara rir.

— Tá bom, Alex, agora sai de cima da sua irmã – fala Elisa entre risos e Alex sai de cima da irmã e se aproxima da jovem Luthor. Logo se abaixa, ficando da altura da barriga da morena.

— Ei, princesa, é a titia. Quando você nascer eu vou ensinar você a bater nos caras maus – murmura, fazendo as futuras mães arregalarem os olhos e o restante das pessoas presentes gargalharem.

— Nem ouse em pensar nisso, Alexandra – repreende Kara.

— Anotação mental: Nunca deixar Alex com a minha filha – brinca a Luthor.

Maggie puxa a ruiva para perto de si, e começa a rir pela a cara de indignação que ela fazia.

— Parabéns, queridas – parabeniza Elisa abraçando Kara e Lena. — Sabe que eu serei uma avó muito babona, não é? – pergunta Elisa acariciando a barriga da morena.

— Não mais do que eu – declara Alura em alto e bom som da cozinha, fazendo todos não conterem o riso.

— Acho que sua mãe está passando muito tempo com o Winn, amor – sussurra Lena, só para a Kara escutar, mas esqueceu-se miseravelmente que havia outra kryptoniana naquela casa.

— Eu escutei muito bem o que você falou, Lena – fala Alura saindo da cozinha. Fazendo a CEO ficar vermelha e esconder o rosto no pescoço da namorada.

***

A noite se estendeu entre risadas e jogos. E houve até pagamento da aposta que Alex tinha proposto.

— Pode pagar, Winn! – ordenou a ruiva enquanto estendia a mão. — O combinando foi cinquenta dólares. Você junto a Maggie e James apostaram em um menino, e é uma menina. O que significa que J'onn e eu ganhamos.

Winn bufa em insatisfação e logo tira a sua carteira para pagar o combinado.

— Você é uma traidora, pequena Danvers-Luthor – murmura Winn próximo da barriga da CEO.

— Ei! Não brigue com minha filha por uma coisa que a tia maluca dela propôs – reclama a CEO, fazendo a ruiva revirar os olhos.

Continuaram a conversa e com os jogos, até Kara perceber que Elisa estava bem afastada do grupo. A loira mais velha observava a interação mãe e filha kryptonianas.

— Baby, eu vou ali, já volto – falou se levanto de perto da Luthor e a mesma apenas afirmou e voltou a interação para o jogo.

Kara aproximou-se de Elisa, que bebia vinho, distraída em seus próprios pensamentos.

— Por que tão sozinha? – pergunta Kara enquanto sentia-se ao lado da mãe adotiva.

— Estava apenas pensando.

— Sei que tem alguma coisa a mais. Vamos conversar lá fora? – aponta Kara para a varanda. Elisa apenas assenti e se levanta indo para o local indicado, sendo seguida pela a kryptoniana.

Elisa e Kara sempre tiveram afinidade, desde que começaram a ter uma relação de mãe e filha. Elisa conhecia a filha adotiva muito bem, assim como Kara conhecia muito bem a mãe adotiva.

As loiras se sentaram e encararam o céu estrelado de Midvale.

— Você está muito feliz com sua mãe aqui na Terra, não é? – pergunta Elisa.

Aí estava o ponto que tanto incomodava a loira mais velha. E logo Kara percebeu que era isso. Não era ciúmes da mais velha, mais sim insegurança. Afinal, a mãe biológica dela estava viva, e Kara talvez não precisasse mais dela, nem como mãe e muito menos como avó.

— Sim, eu estou – responde Kara sorrindo. E logo olha para Elisa. — Tê-la comigo é ótimo, nós ainda estamos nos conhecendo melhor. Afinal, foram anos longe uma da outra. Mas sabe, você também é minha mãe tanto quanto ela. Passou muito mais tempo comigo, cuidou de mim, me ajudou com os meus problemas, muito mais do que ela. Eu não estou a julgando. O que ela fez foi na intenção de me salvar e me proteger. Mas o que realmente quero dizer, é que eu amo ela, tanto quanto eu amo a senhora, mãe – diz Kara e recebe um sorriso de alegre e emocionado da loira mais velha. — E a senhora, dona Danvers, é tanto avó da Ellie Danvers Luthor quando ela.

— Esse será o nome da sua filha? – pergunta Elisa com os olhos marejados.

— Sim. Esse será o nome da sua neta – responde a kryptoniana e logo a abraça, sendo em seguida correspondida.

***

Ao fim da noite de jogos, todos foram para os seus respectivos quartos, que foi determinado pela a Danvers mais velha, após ajudarem a arrumar a bagunça.

Elisa terminava de lavar a louça, e logo sua atenção fora tirada do copo que lavava ao escutar alguém entrando na cozinha. Elisa se virou e viu Alura adentrando a cozinha.

— Precisa de alguma ajuda? – pergunta a kryptoniana, se apoiando na ilha da cozinha.

— Secar os pratos, talvez – respondeu simpática e estendeu o pano para que a alienígena o pegasse.

Alura prontamente pegou o pano e se posicionou ao lado de Elisa, começando a fazer o trabalho que lhe fora indicado.

— Obrigada – murmurou a morena após alguns minutos em silêncio, logo recebendo em resposta um olhar confuso da loira. — Eu nunca tive um momento na verdade para agradecer o que você fez por nossa filha – continuou Alura, fazendo com que Elisa entendesse do que ela falava. — Sim! Ela é tanto sua filha, como minha – diz a kryptoniana agora encarando a loira.

— Você escutou nossa conversa, não foi? – pergunta rindo e logo a alien ao seu lado afirmou rindo.

— Desculpa – desculpa-se envergonhada e prontamente ficando vermelha.

— Agora eu sei a quem a Kara puxou a ficar envergonhada e vermelha por qualquer coisa – pontua a Danvers. Logo recendo uma gargalhada em resposta. — Não precisa agradecer por nada, foi um enorme prazer ajudar a nossa filha – dá ênfase fazendo Alura afirmar e sorrir.

The owner of my world... The owner of my loveOnde histórias criam vida. Descubra agora