Senti uma almofada bater em meu rosto.
Não me dei o trabalho de abrir os olhos e tentei voltar a dormir.Mais uma batida. E mais outra.
Abri os olhos já irritada.
Lá estava Erik,com um sorriso enorme no rosto,se divertindo com a situação.
- O que é que você tá fazendo aqui uma hora dessas? - falei,com a voz de sono.
- Bom dia pra você também.
- Idiota. - falei,dando um chute fraco em seu quadril.
Me sentei na cama e passei a mão pelo rosto tentando acordar a mim mesma.
- Que horas são? - perguntei.
- sete e meia.
- E você... - revirei os olhos. - e você tá aqui. AS SETE E MEIA DA MANHÃ.
- Eu vou com você na delegacia. Me agradeça. Eu consegui convencer sua mãe a deixar você usar sua moto. Mas ela só deixa se for comigo.
- Mas tinha que vim tão cedo?
- Camille, você tem que estar lá às oito e quarenta e cinco. São vinte minutos pra chegar lá. Estou dando tempo suficiente pra você se arrumar em paz. Pare de reclamar comigo. Eu até te acordei direitinho.
- Ah é. Realmente. Foi melhor do que a última vez em que você bateu numa panela tão forte que eu caí da cama.
Ele riu,lembrando daquele dia.
- Mas,e aí? Como foi lá no palácio?
Me lembrei de toda aquela confusão que tinha acontecido a uma semana atrás.
Só de lembrar da Marjorie já dava raiva.
- Foi...legal. Passar o tempo com eles é sempre bom. - enquanto falava, me lembrei de ter pego num arco e flecha no palácio. - Ah,eu também usei...
Erik me interrompeu.
- Espera. O que é isso na sua boca? - disse ele, juntando suas sombrancelhas.
- Isso...o quê?
- Essa marca de corte na sua boca.
Me lembrei da briga entre Brandon e Simon e de quando tentei separá-los. Ele realmente bateu bem forte em minha boca e deixou uma marca no canto de minha boca.
- Nada. - respondi somente, tentando falar da forma mais convincente possível.
Me levantei da cama.
- Camille,as vezes parece que você esquece que eu te conheço desde que você nasceu. Eu sei que está mentindo. O que foi isso na sua boca?
- Já disse que não foi nada.
Erik ficou sério. Ele se levantou da cama e cruzou os braços.
- Isso pode ser tudo. Menos nada. O que houve?
- Ah,pelo amor de Deus,Erik. Já disse que não foi nada. Quer parar de tentar me controlar? Por isso que não gosto de dizer nada pra você. Parece até a minha mãe.
- Agora você se entregou. Diz o que aconteceu. Foi no palácio não foi?
- Você não precisa saber de nada. E por favor. Para. De tentar. Me controlar. - falei, lentamente.
- Me acha controlador?
- Se acho? Ha,eu tenho certeza disso. Toda vez que faço qualquer coisa você questiona e fica irritado.
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A Preferida
Mystery / ThrillerForça, coragem e teimosia. Essas três palavras definem Camille Bittencourt, uma mulher inglesa. Num certo dia Camille começa a receber cartas misteriosas sem remetente e sem palavras, apenas desenhos. Ela não sabe quem as manda e o que querem dizer...