Capítulo Vinte e Seis

35 8 5
                                    

Senti uma almofada bater em meu rosto.
Não me dei o trabalho de abrir os olhos e tentei voltar a dormir.

Mais uma batida. E mais outra.

Abri os olhos já irritada.

Lá estava Erik,com um sorriso enorme no rosto,se divertindo com a situação.

- O que é que você tá fazendo aqui uma hora dessas? - falei,com a voz de sono.

- Bom dia pra você também.

- Idiota. - falei,dando um chute fraco em seu quadril.

Me sentei na cama e passei a mão pelo rosto tentando acordar a mim mesma.

- Que horas são? - perguntei.

- sete e meia.

- E você... - revirei os olhos. - e você tá aqui. AS SETE E MEIA DA MANHÃ.

- Eu vou com você na delegacia. Me agradeça. Eu consegui convencer sua mãe a deixar você usar sua moto. Mas ela só deixa se for comigo.

- Mas tinha que vim tão cedo?

- Camille, você tem que estar lá às oito e quarenta e cinco. São vinte minutos pra chegar lá. Estou dando tempo suficiente pra você se arrumar em paz. Pare de reclamar comigo. Eu até te acordei direitinho.

- Ah é. Realmente. Foi melhor do que a última vez em que você bateu numa panela tão forte que eu caí da cama.

Ele riu,lembrando daquele dia.

- Mas,e aí? Como foi lá no palácio?

Me lembrei de toda aquela confusão que tinha acontecido a uma semana atrás.

Só de lembrar da Marjorie já dava raiva.

- Foi...legal. Passar o tempo com eles é sempre bom. - enquanto falava, me lembrei de ter pego num arco e flecha no palácio. - Ah,eu também usei...

Erik me interrompeu.

- Espera. O que é isso na sua boca? - disse ele, juntando suas sombrancelhas.

- Isso...o quê?

- Essa marca de corte na sua boca.

Me lembrei da briga entre Brandon e Simon e de quando tentei separá-los. Ele realmente bateu bem forte em minha boca e deixou uma marca no canto de minha boca.

- Nada. - respondi somente, tentando falar da forma mais convincente possível.

Me levantei da cama.

- Camille,as vezes parece que você esquece que eu te conheço desde que você nasceu. Eu sei que está mentindo. O que foi isso na sua boca?

- Já disse que não foi nada.

Erik ficou sério. Ele se levantou da cama e cruzou os braços.

- Isso pode ser tudo. Menos nada. O que houve?

- Ah,pelo amor de Deus,Erik. Já disse que não foi nada. Quer parar de tentar me controlar? Por isso que não gosto de dizer nada pra você. Parece até a minha mãe.

- Agora você se entregou. Diz o que aconteceu. Foi no palácio não foi?

- Você não precisa saber de nada. E por favor. Para. De tentar. Me controlar.  - falei, lentamente.

- Me acha controlador?

- Se acho? Ha,eu tenho certeza disso. Toda vez que faço qualquer coisa você questiona e fica irritado.

A PreferidaOnde histórias criam vida. Descubra agora