Capítulo Quinze

53 10 11
                                    

Na escola eu já estava envergonhada com o tanto de gente olhando para mim.

Algumas garotas que nunca falaram comigo foram correndo atrás de mim.

Outros,pareciam estar com medo. Como se eu já fosse uma princesa.

Uma princesa bem malvada.

Até mesmo os professores estavam mais simpáticos nas aulas.

A professora de geografia chegou até a dizer que eu sou a aluna preferida dela.

Estava em sua aula,quando uma garota que estava sentada ao meu lado derrubou sua água,que molhou minha mochila.

- Me desculpe,Camille! N-Não foi por querer. - falou a garota, parecendo que eu a mandaria pra forca por causa daquilo.

- Sem problemas. Vou pegar um pano. - Falei,me levantando.

Peguei minha mochila e saí,indo para a sala de limpeza.

Enquanto olhava as coisas dentro da mochila,senti alguém colocar o braço em volta de meu pescoço e começar a me enforcar. 

Larguei a mochila e levei meus braços até o braço de quem me enforcava.

Estava ficando tonta com a falta de ar.

Finalmente,lhe dei uma cotovelada na barriga o que o fez gemer e afrouxar um pouco os braços.

Pelo gemido,é um homem.

Ele apertou novamente meu pescoço.

Tentei lhe dar mais uma cotovelada,mas não consegui.

Já estava sem forças.

Ouvi alguém abrir a porta da sala de limpeza e falar meu nome,mas não consegui identificar quem era.

Finalmente,essa pessoa tirou o cara que me enforcava de trás de mim.

Caí no chão sem conseguir respirar ainda.

Minha visão estava embaçada,mas eu consegui ver que são dois homens.

Pisquei algumas vezes na tentativa de ver quem eram.

Erik e Mattew.

Erik ainda estava machucado e Mattew poderia machucá-lo ainda mais.

Com dificuldade,me levantei.

Não conseguia andar reto.

- Vá chamar alguém,Camille! - ouvi Erik gritar.

Cambaleando,fui até a porta e a abri.

Uma das funcionárias que limpavam a escola estava passando.

Fui até ela e peguei em seu braço,me curvando.

- Mattew...os...meninos... - tentei falar,mas ainda estava sem conseguir respirar.

Apontei para a sala de limpeza.

- Me ajude... - falei,tentando puxar o ar.

A funcionária foi até lá e eu tentei acompanhá-la.

- O que está acontecendo aqui?! Parem já! - gritou a funcionária.

Caí no chão.

Parece não ter oxigênio para mim.

Estava quase deitando no chão,quando senti alguém me segurar,passando um braço pelas minhas costas e outro apoiando a minha cabeça.

Ajustei o olhar e vi Erik,com a boca sangrando.

A PreferidaOnde histórias criam vida. Descubra agora