Finalmente aquela reunião com os conselheiros tinha terminado.
Nem sabia o porquê de ter que participar daquelas reuniões se eu mal era ouvido por um deles.Quando estava para sair da sala de reuniões,um dos conselheiros me chamou.
- Sim, Sr. Maine? - Falei.
- Eu soube do acontecido de ontem. O senhor está bem?
- Na medida do possível. Quando conseguirmos resolver o problema com os guardas, não teremos mais esses incidentes.
- E como está a senhorita Camille?
- Um pouco assustada,mas está lidando bem com a situação.
- As mulheres normalmente se desesperam com mais facilidade. - Disse o velho Sr. Maine.
- Talvez. Eu entendo o desespero dela. Mas vou tomar cuidado para que isso não aconteça mais. Bem,se der licença,eu estou indo vê-la agora. Boa noite Sr. Maine.
O velho Maine fez uma reverência e eu saí da sala.
Antes de qualquer coisa,queria ver Camille.
Provavelmente ela estaria trancada seu quarto, então,resolvi passar por lá para vê-la.Bati na porta,mas não ouve resposta.
Nem parecia que talvez houvesse alguém ali.
Bati mais uma vez.Nada.
Talvez ela estivesse dormindo.
Abri a porta do quarto lentamente.Congelei ao ver aquela cena.
O chão do quarto estava ensanguentado,como se alguém tivesse arrastado um corpo.
Corri até o banheiro e escancarei a porta.
Nenhum sinal de Camille.Fui para a sacada e Camille não estava lá.
- Não pode ser... - Sussurrei para mim mesmo passando a mão no cabelo.
Minha respiração ficou ofegante e minhas mãos ficaram geladas.
Eles...eles mataram... não, não podia ser.
Camille não poderia estar morta.Ouvi um toque de celular.
O celular de Camille estava na mesa e alguém ligava para ela.A mãe de Camille estava ligando.
Minhas mãos tremiam enquanto pegava o celular dela.- A-Alô? - Falei. Minha voz era quase inaudível.
- Alteza?
- S-Sim.
- Boa noite, Alteza. Onde está Camille? Preciso falar com ela.
Eis a questão: Onde estava Camille?
- E-Eu não sei. - Gaguejei.
- Camille e seus esquecimentos. Bem,eu queria falar para ela que meus pais estão vindo para cá e que os amigos dela também. Gostaria que ela viesse para casa para vê-los.
- Ahm...a senhora...a senhora não gostaria de vir para cá? - Perguntei.
Por telefone eu não conseguiria dizer que sua filha havia sumido. Talvez nem pessoalmente.
- Oh,seria ótimo mas,tem gente vindo para cá e...
- Eles podem vim também. Não há problema.
- Ah...ahm...ok. Está tudo bem, Alteza?
Não. Não estava nada bem.
Eu me sentia péssimo só de pensar que minha noiva não estava ali,e que seu quarto tinha uma poça de sangue.- Eu falarei com a senhora quando estiver aqui. Com sua licença... - Desliguei a ligação.
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A Preferida
Mistério / SuspenseForça, coragem e teimosia. Essas três palavras definem Camille Bittencourt, uma mulher inglesa. Num certo dia Camille começa a receber cartas misteriosas sem remetente e sem palavras, apenas desenhos. Ela não sabe quem as manda e o que querem dizer...