Cores

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— Isso é sério!? Meu Deus, Bakugou! — Disse Izuku, rindo incrédulo da história que Bakugou havia acabado de contar.

— Eu juro, se não fosse pelo Kirishima, acho que eu teria uma péssima experiência de experimentar fezes de um macaco! — Disse o loiro também rindo.

É, até que contar um pouco das suas histórias não foi uma ideia ruim. Ter aquela risada maravilhosa como recompensa era, de fato, incrível. O loiro estava contado do belíssimo dia em que ele e Kirishima decidiram escalar um morro, mas não estavam preparados para o bando de macacos que haviam lá, e eles não eram lá muito amigáveis, uma vez que o atacaram com merda! É, isso mesmo você ouviu merda, cocô, bosta, caquinha, bem use o termo de sua preferência. Pois para Bakugou era apenas a mais nojenta e podre merda.

Agora, ele teria que lidar com o esverdeado ao seu lado, rindo e tirando sarro de si. Claro que ele queria berrar um palavrão bem alto pra ele, mas ele simplesmente não... conseguia? Não, não era isso, ele conseguia isso sim, a questão era que ele não queria. Fazia tempos que não via Izuku rir como estava rindo agora. Bem, pelo menos não verdadeiramente. Por isso não conseguia deixar de rir com ele, ela simplesmente contagiante. Depois que ambos recuperaram o fôlego, o loiro de virou para o pequeno com o olhar questionativo e divertido.

— Mas e aí, Deku? — Midoriya o olhou confuso. — Quero dizer, eu contei uma situação constrangedora sobre mim, agora é a sua vez.

Izuku travou. Uma situação divertida? Ele não esteve em tantas assim, as melhores foram ao lado de Bakugou quando ainda era pequeno, ou quando saia com sua mãe e Eri antes de... Bem, quando a situação era menos complicada. O menor encarou o chão, decepcionado.

— Desculpa Kacchan, mas eu não tenho nenhuma história engraçada ou emocionante. — Disse baixinho, envergonhado. Era um adolescente, deveria ter histórias legais, mas não tinha.

Bakugou franziu o cenho, mesmo que não estivesse irritado com ele de fato.

— Como assim? Isso é possível? Digo, você era mestre em arrumar confusão. Não é possível que não teve mais nenhuma história antiga depois que nos separamos.

— Eu... — Apertou os olhos. — Eu sei que isso é ridículo, tá bom. — Fez um biquinho irritado.

— Oque? — Bakugou franziu mais o cenho. — Não é isso, idiota. Não estou dizendo que isso é ridículo. Oque eu quero dizer é... — Izuku voltou a olha-ló. Verdes esmeraldas se encontraram bom os rubis flamejantes. Bakugou suspirou. — Eu quero voltar a me aproximar de você Deku. Parece que... eu não sei mais nada com você e... — Levou uma das mãos aos cabelos rebeldes, franziu mais ainda o cenho. — Eu estou com saudade.

Midoriya piscou duas vezes com aquelas palavras. Não podia evitar sentir uma enorme alegria em seu peito. O coração dava batidas rápidas e a respiração começava a ficar desregulada.

Novamente os olhos se encontraram. Uma mistura de cores tão belas e puras que deixava as cores do céu com inveja. A medida que o verde sereno se encontrava com os vermelhos explosivos, o coração de ambos acelerava mais. Tinham tanta saudade um do outro. Queriam tanto ficar juntos. Bakugou se aproximou mais de Midoriya, seus rostos bem próximos. O loiro ousou levar seus braços a cintura do menor, a enlaçando de forma carinhosa. Midoriya por sua vez estava completando perdido em seus próprios sentimentos. Levou suas mãos pequenas e delicadas ao rosto de Bakugou.

— Kacchan... — Sussurrou baixinho. — Eu... — Bakugou chegou mais perto. O rosto de Midoriya estava quente, totalmente corado. 

— Deku... — Katsuki sussurrou também, aproximando mais os rostos.

Sorriso FalsoOnde histórias criam vida. Descubra agora