"Lágrimas não significam tristeza, a morte não significa adeus e o silêncio não significa paz. Um grito silencioso pode ser a resposta da minha ausência e quando você pensar que tudo chegou ao fim, lembre de mim."
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Jason costumava olhar para Evolet como se ela fosse uma garota que Axel usaria e depois jogaria fora. Mas seu irmão não o fez e agora ela o faz perder a sanidade.
Se ele tentar jogar o mesmo jogo que seu irmão jogou, certamente ele perderia na primeira rodada assim como Axel. Desta vez não era uma brincadeira do destino ou uma peça teatral, ambos estavam em frente à um dilema que custaria algumas vidas.
Espingardas e rosas fazem uma dosagem mortal para qualquer ser humano, mas não era isso que levaria Jason à beira de seu precipício.
Meu doce álibi ele disse para si mesmo enquanto sentia que Evolet havia cessado seu choro.
Como posso parar a tensão quando sei que não consigo desistir de você? Ele fez esta pergunta em sua mente por cinco vezes.
- Desculpe-me por fazer isso na sua frente. - ela desculpou-se e afastando do abraço dele.
- Não precisa pedir desculpas, Evolet. - Jason fez uma pausa. - Acho que você não está com o psicológico pronto para assistir aula hoje. - ele disse levantando-se do banco. - Venha comigo? - perguntou oferecendo sua mão para ela.
Irei brincar mesmo com fogo? Ele perguntou a si mesmo enquanto via o que estava fazendo. Jason tinha gosto da perdição, mas Evolet era o perigo para ele.
Ambos caminharam até o carro de Jason e ele conduziu para um lugar em que achava que Evolet gostaria de ir e mesmo com a luz do sol estando fraca, as nuvens sombrias estavam se fechando para mais um temporal.
Jason estacionou o veículo em frente à um caseiro vazio que estava rodeado de rosas vermelhas, eles caminharam até os arbustos e ele arrancou um rosa vermelha e deu a Evolet.
- Obrigada. - ela disse ao pegar a rosadas mãos dele.
Ambos sentaram-se em um banco pintado de branco que tinha no caseiro e Jason disse:
- Sei que está triste, mas eu traria o Axel de volta se pudesse.
- Axel fez a escolha dele. - ela fez uma pausa. - Não posso ficar chorando por alguém que foge dos problemas. - concluiu.
- Acha que ele fugiu das responsabilidades? - perguntou Jason.
- Você não acha?
- Eu acho que você é esperta demais para ficar chorando por isso.
Eles caminharam por alguns minutos, Jason estava fazendo Evolet sorrir e estavam longe demais do carro quando a chuva caiu.
- Vamos procurar algum lugar para...
- Espera, Evolet. - ele disse segurando a mão dela.
- O que está fazendo? - ela perguntou estranhando o comportamento de Jason.
- Nada. - ele respondeu.
Eles ficaram embaixo da tenda de uma loja de ervas enquanto a chuva aumentava e as pessoas corriam procurando abrigo para não molharem-se.
- Você está molhada. - ele disse observando o uniforme dela que estava ensopado.
- Tudo bem.
Algumas horas depois a chuva havia cessado, então eles correram de volta para o carro. Ao entrarem no veículo, a chuva começou a cair de novo e desta vez ela estava mais forte.
- Acho melhor esperarmos ela baixar para poder irmos embora. - ele fez uma pausa. - A pista está muito molhada. - concluiu.
Evolet assentiu.
Jason ligou o aquecedor para que ela pudesse ficar quente e evitasse contrair uma gripe.
Alguns sentimentos não são adequados para admitir. Evolet pensou enquanto espiava de canto de olho Jason mexer em seu cabelo molhado.
Evitar aquelas íris azuis é melhor do que acabar me apaixonando por ela. Ele pensou enquanto sentia os olhos dela sobre ele.
Antes que Evolet pudesse dizer algo, Jason olhou a beijou desesperadamente enquanto sua mão segurava a nuca dela para evitar que ela escapasse de suas mãos.
Por que ele a beijou quando devia afastar-se dela? Estamos tão perto, mas eu tenho que manter a distância de você. Jason pensou em dizer isso a Evolet mesmo sabendo que ele era misterioso e ela não era inteligente o suficiente para conseguir ficar segura longe dele.
Além de ser o perigo para Jason e a causa das mortes sentimentais de Axel. Evolet era uma arma engatilhada para um alvo designado. Eu tenho que me preocupar em te perder? Jason perguntou a si mesmo está pergunta que Axel fazia para si todas as noites.
Axel acreditava que proteger Evolet pelas suas costas era mais seguro do que segurar as mãos dela, mas ele continuava escondendo seu amor no íntimo como uma sombra dentro de seu peito.
Naquele momento a tristeza não era mais dor, lágrimas não estavam caindo e nem tampouco Evolet estava sorrindo.
Axel foi embora, mas ele ainda sente a eterna saudade maltratando seu coração.
Felizmente, você é muito desajeitada. Axel disse enquanto olhava uma foto de Evolet em seu celular que ele havia tirado quando ela estava dormindo.
Você é a ternura por trás da flor. Isso ecoou na mente de Axel enquanto ele desejava que ela estivesse em seus braços.
Jason, desculpe-me por não manter contato, mas amanhã estarei indo até a Broadway. Eu preciso arrumar uma maneira de descobrir uma forma de ficar com Evolet.
Jason havia acabado de chegar em casa quando viu a mensagem de Axel em seu celular. Então seu irmão não estava fugindo da ira dos DeWitt's, ele contaria sobre o beijo entre ele e Evolet?
Axel, eu preciso contar algo a você.
A consciência de Jason estava pesada, mas ele não podia negar o que os olhos de Evolet mostravam a ele e a sensação que ela causava sempre que estavam próximos.
Naquele noite, Evolet sentiu seu coração dividir-se em três parte, uma pertencia a Axel e Jason estava tomando conta da outra enquanto a terceira estava sendo consumida pelas névoas da morte que se aproximavam silenciosamente.
- Por que desistiu de tudo o que você julgava ser o seu mundo, Axel? - Evolet sussurrou enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.
O choro silencioso de Evolet foi compartilhado com a lua e as estrelas brilhando no céu daquela noite fria, enquanto o misterioso assassino vagava pelas ruas e beco de Notre Dame em busca de seu alvo.
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Doce Perversão
RomanceAs vezes o amor chega de forma inesperada, sem aviso prévio, sem uma batida na porta e sem biss. Sejam bem-vindos à mais uma história onde o ser humano percebe que o amor é única coisa que ele não pode evitar e nem se esconder. A história se sucede...