Um Café No Cemitério

133 24 90
                                    

Em mais uma manhã fria de segunda-feira o céu vestia seu manto cinza com uma ventania forte e perfeita. O tipo de perfeição que Axel conhecia e considerava atraente o suficiente para deixá-lo excitado.

Por que algumas são perigosamente propensas a serem atraídas pelos perigos obscuros?

Os alunos caminharam para dentro da escola ao escutarem o soar da sirene, mas Axel continuava parado esperando Evolet aproximar-se com seus amigo.

- Preciso falar com você. - Axel disse segurando o braço dela delicadamente.

Diogo e Atena olharam para a amiga que assentiu com a cabeça para Axel e disse:

- Encontro vocês daqui a pouco.

Enquanto todos os alunos entravam na escola, Axel e Evolet caminhavam em direção ao cemitério silenciosamente. Ao entrarem naquele ambiente mórbido e sem vida, Evolet pergunta:

- Por que me trouxe até aqui?

Axel olhou para a jovem parada na entrada do mausoléu, segurou a mão dela e disse:

- vem.

Eles passaram por algumas lápides e estátuas de anjos até pararem em frente à que ela havia escolhido para fazer o trabalho que Victoria havia pedido.

Axel abriu sua mochila, tirou uma toalha de piquenique com listras brancas e vermelhas, colocou no chão e sentou-se sobre o pano.

- Senta aqui. - ele disse enquanto tirava dois copos de café descafeinado de sua mochila e um pacote cheio de cookies.

Evolet sentou-se ao lado dele e pegou o descafeinado que ele ofereceu para ela.

- Muito romântico convidar-me para tomar cafe em um cemitério. - ela disse colocando seu copo de café sobre o pano.

- Não quer nem saber como eu consegui nosso café? - ele perguntou curioso.

- Certamente, você comprou. - ela disse ao pegar um cookie.

Axel sorriu.

- Eu roubei da sala da diretora Victoria. - ele disse ironicamente.

- Você não tem jeito não é? - perguntou Evolet.

- É o que dizem, mas eu me divirto assim. - ele respondeu.

Axel observou Evolet beber o descafeinado e comer alguns cookies. Certamente, ela havia adorado, já que a máquina de café que Victoria tinha era uma das melhores e mais caras.

- Por que está me olhando assim? - ela perguntou ao terminar seu café.

Axel aproximou-se de Evolet e perguntou:

- Você confia em mim?

Naquele instante Evolet não soube o que responder, porque já tinha escutado várias coisas à respeito de Axel. Mas ela deveria confiar em um garoto enigmático com gostos peculiares?

Axel compreendeu perfeitamente o silêncio de Evolet, ela era filha do pastor e da prefeita de Notre Dame. Enquanto ele era o filho adotivo e rebelde do casal mais rico da cidade.

- Tudo bem. - Axel disse enquanto levantava-se do chão.

- Axel espera aí. - ela fez uma pausa. - Não sei se devo confiar em você. - ela fez uma pausa. - Você...

Doce Perversão Onde histórias criam vida. Descubra agora