A Tempestade Perfeita

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Deixei a música tocada no carro de Jason logo acima:

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Eram 08h00min quando o despertador que ficava sobre o criado mudo daquele hotel tocou. Axel desligou o aparelho e esperou alguns minutos para despertar-se.

Ao sair do banho, ele vestiu-se, saiu do hotel e entrou em um táxi vazio que estava em frente à um carrinho de cachorro quente.

- Para o orfanato Luz Da Divindade. - ele disse para o motorista enquanto mexia em seu celular.

Sem dizer nada, o taxista conduziu o veículo ao destino de seu passageiro enquanto as gotas da água da chuva e na rádio tocava a canção Lovely de Billie Eilish e Khalid.

Ao chegar em seu destino, Axel da o dinheiro ao motorista e sai do carro. Ele aproxima-se dos portões de ferro e observa dois seguranças do lado de fora do orfanato.

- Bom dia. - Axel disse aproximando-se de um dos guardas. - Eu gostaria de falar com a madre Semira. - concluiu.

Um dos guardas abriu os portões e acompanhou Axel até o encontro de Semira. Enquanto caminhavam pelos corredores obscuros e estreitos com grandes janelas, ele lembrou-se de seus anos naquele lugar que não parecia ter mudado.

Ambos ficaram de frente à uma grande porta de madeira e Axel entrou na sala onde tinha uma senhora que aparentava ter sessenta anos de idade vestindo uma roupa de freira.

- Madre Semira. - ele disse aproximando-se da mesa.

Ela levantou-se da cadeira e caminhou em direção a ele perguntando:

- Em que posso ajudá-lo meu jovem? Você veio adotar alguma criança?

Axel sorriu.

- Não. - ele respondeu. - Não recorda de mim? - perguntou. - Sou o Axel. - ele fez uma pausa. - Eu fugi daqui aos cinco anos de idade. - explicou.

- Axel. - ela disse enquanto o abraçava. - Você cresceu e está lindo. - ela apertou as bochechas dele. - Lembro quando você colocou fogo nos colchões de seu dormitório e nesse dia fugiu pelas janelas do refeitório. - concluiu.

- Sim. - ele disse sentando-se na cadeira.

Semira caminhou até a sua poltrona de couro e sentou-se.

- Mas o que lhe traz aqui? - ela perguntou curiosa.

- Sei que você tem o histórico de todas as crianças que vem para cá. - ele fez uma pausa. - Eu preciso muito saber sobre meus pais. - concluiu.

- Espera um instante.

Semira caminhou até uma estante enorme com várias gavetas com datas de anos desde o século XX. Ela abriu a gaveta com a numeração 1998, pegou uma pasta e voltou para sentar-se na cadeira.

Quando Axel pegou a pasta ele sentou-se com uma realidade na qual não esperava. Como poderia ser possível aquilo que estava escrito naqueles documentos?

- Madre Semira está na hora das orações. - disse uma noviça ao abrir a porta.

Semira assentiu.

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