"Eu perdi o medo da tempestade no momento em que você ressuscitou minha alma enquanto os raios cortavam o céu cinza de uma tarde chuvosa."
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Deixei a música tocada na caixa de música acima:
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- Quando vocês voltam? - perguntou Judith ao telefone.
- Não é da sua conta.
Era madrugada quando Jason escutou Judith conversar com alguém, então abriu o quarto da irmã. Mas ela estava deitada na cama com o notebook aberto.
- Com quem estava falando? - ele perguntou ao abrir a porta do quarto.
- Queria saber quando o Axel volta. - ela respondeu.
- Por quê? - Jason perguntou curioso.
- Por nada. - ela fez uma pausa. - Agora sai do meu quarto. - acrescentou.
Jason saiu do ambiente cor de rosa de Judith e fechou a porta. Ficou um pouco desconfiado com o interesse dela na volta do irmão e da mãe à Notre Dame.
Ele caminhou pelo corredor escuro e adentrou no quarto de Axel. Ao olhar Evolet deitada na cama do irmão, Jason entendeu porque ele iria visitá-la todas as noites.
Eram 04:00am da madrugada quando Jason entrou no quarto de Evolet e a balançou para acordá-la.
- O que você está fazendo aqui, Jason? - ela perguntou com a voz baixa.
- Precisamos ir. - ele disse abrindo uma mochila preta que tinha em suas mãos. - Veste isso. - acrescentou.
Jason entregou um vestido de cor-azul marinho para ela e caminhou para dentro do banheiro do quarto de Axel e pegou alguns matérias higiênicos.
- Ficou um pouco grande. - ela disse vestida na roupa que ele havia lhe dado.
- É da minha mãe. - ele disse disse segurando a mão dela. - Precisamos ir, agora. - concluiu.
Eles saíram em silêncio do quarto de Axel e desceram as escadas. Jason abriu a porta traseira do passageiro para Evolet entrar e entregou a ela um grande cobertor de seda preto e a mochila. Logo em seguida, sentou-se no assento do motorista e saiu dirigindo pelas ruas vazias de Notre Dame.
Ao estacionar o carro em frente à catedral, Diogo e Atena entraram em seu carro.
- Como você está? - Atena perguntou abraçando a amiga.
- Estou bem. - ela respondeu enquanto permanecia no abraço da ruiva.
Diogo que estava sentado no banco ao lado de Jason olhou para trás e sorriu ao ver que Evolet estava bem.
- Sua mãe já prestou queixa na delegacia por invasão domiciliar e sequestro. - Diogo disse enquanto observava Jason dirigindo.
- Não vai demorar muito para chegarem até nós três. - comentou Jason.
- Como assim? - perguntou Atena.
- O machado têm nossas impressões digitais. - respondeu Diogo. - Mas só a partir de amanhã irão nos convocar a comparecer na delegacia. - completou.
- Amanhã Evolet estará em outro lugar. - Jason disse virando o volante para a direita.
Depois de meia hora eles chegaram a casa do lago dos Bukater's e entraram na casa.
Enquanto Atena ligava as luzes da casa, Diogo verificava se havia comida para Evolet na cozinha e Jason a levou até seu quarto.
- Você vai ficar no meu quarto. - ele disse colocando a mochila e o cobertor sobre a cama. - Tem vista para o lago e para a frente da casa. - concluiu.
Jason caminhou em direção à janela para afastar as cortinas e abrir a janela para ventilar um pouco o quarto.
- Obrigada por tudo o que está fazendo por mim. - Evolet disse aproximando-se dele. - Um dia irei te recompensar por esse grande favor. - acrescentou.
Jason acariciou o rosto dela com sua mão e perdendo-se nos olhos azuis turqueza de Evolet, ele disse:
- Preciso de uma coisa.
Evolet abriu a boca para dizer algo, mas Jason a beijou. Ele abraçou a cintura dela com a mão direita e com a esquerda ele segurou a nunca dela puxando contra o corpo dele.
Jason queria muito ter beijado ela daquela forma há muito tempo e estar tocando nela como estava fazendo naquele momento era terrivelmente tentador. Assim que afastou-se bruscamente dela, ele disse:
- Desculpas.
Jason saiu do quarto perguntando-se por quantas vezes ele continuaria pedindo desculpas por satisfazer suas vontades.
Evolet estava paralisada ao lado da janela, tudo o que ela fez foi tocar seus lábios e suspirar ao jogar a lembrança do beijo que acabará de ganhar para longe.
Ao descer as escadas, ela avistou Jason e seus amigos reunidos na sala.
- Tem comida para dois meses na cozinha. - Atena disse caminhando em direção à amiga. - Você saberá cuidar de si? - perguntou.
- Sim. - respondeu.
As amigas abraçaram-se.
- Virei assim que puder. - Jason disse abrindo a porta da frente. - Não atenda o telefone. - ele fez uma pausa. - Se for minha ligação na secretaria de voz, retorna. - acrescentou.
Evolet assentiu.
- Vamos dar um jeito de trazer roupas para você. - disse Diogo.
Evolet assistiu os três sairem da casa, então caminhou até a porta e trancou-na. Ela caminhou até a geladeira, pegou uma maçã e a lavou para comer.
Enquanto caminhava pela casa, ela admirava os quadros pendurados nas paredes com fotos de todas a família. Evolet observou um quadro com Axel ao lado de Jason e pensou sempre estão unidos. Mas ela nao fazia ideia de que aquela união tinha um significado maior do que compartilharem o mesmo sangue.
Evolet encontrou uma caixinha de madeira sobre a estante e a abriu. Quando ela levantou a parte de cima da caixa começou a tocar a música perfect de Ed Sheeran.
Alguns segundos depois Evolet se encontrava dançando no escuro da sala com os pés descalços sobre o chão frio com a saia do vestido balançando na sintonia de seus movimentos.
Tudo o que ela queria era que Axel estivesse segurando a cintura dela e movendo-se com ela. Assim como dançaram ao som de Max na noite de quarta-feira no escuro do quarto dela onde apenas a luz do abajur iluminava uma parte do ambiente.
Os olhos castanhos escuros de Axel eram como voltar para uma casa no campo com o barulho do vento arrancando algumas folhas das árvores em um fim de tarde de outono enquanto assistia o filme crepúsculo. Mas Evolet não sabia que ele continuava segurando a porta e esperando por ela desde que viajou com Kate sem ter notícias dela.
Evolet era inspiração que Axel procurou em toda a sua vida para continuar navegando por um oceano de ondas violentas e mantendo ao calma com os raios que cortam o céu.
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Doce Perversão
RomanceAs vezes o amor chega de forma inesperada, sem aviso prévio, sem uma batida na porta e sem biss. Sejam bem-vindos à mais uma história onde o ser humano percebe que o amor é única coisa que ele não pode evitar e nem se esconder. A história se sucede...