Você é a luz que faz minha escuridão desaparecer em segundos.
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Jason passou a tarde toda aventurando-se por Notre Dame. Fora uma tarde doce e calorosa, o céu francês não ousou despejar suas lágrimas sobre a cidade porque uma força maior conduziu o dia como tranquilidade.
Quando a noite chegou sobre a cidade, as ruas de Notre Dame ficaram pouco movimentadas e lá estava Jason, deitado sobre o capô do carro observando as nuvens rosas cobrirem o azul do céu lentamente.
Mais uma vez a mente de Jason viajou pela lembrança de seus sonhos repetidos. Como poderia sonhar o mesmo sonho todas as noites? Desde aquela conversa a beira do lago com Evolet, ele havia mudado. Ela despertou algo dentro dele?
Sob as luzes da cidade, Jason assistiu o céu despejar a ressurreição de Axel sobre Notre Dame. Enquanto a água da chuva molhava sua pele, lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Jason teve que entrar dentro do carro, ele sabia muito bem o que a tempestade significava para sua alma. Era como ácido, a chuva era uma das três coisas que o machucavam, porque a alma dele fora esculpida por raios solares e pedaços de icebergs indestrutíveis.
Ele sabia que estava vivendo uma sensação na qual se repetiu por mais de mil vezes e os lábios daquela garota de seus sonhos trazia toda a verdade a tona quando encontravam os seus.
- Merda, merda, merda. - ele preguejou enquanto batia com as mãos no volante do carro.
Por que cada osso do corpo de Jason estremecia quando ele ousava decifrar seu sonho? Por que ele chorava cada vez que lembrava dos lábios daquela garota tocando os seus?
Dizem que só pode viver o amor uma vez na vida, mas Jason estava predestinado a viver um carma que no final só traria dor.
Como decifrar os códigos de um sonho quando não se tem todas as peças do quebra-cabeças?
Por quanto tempo ele teria que esperar para chegar a sua vez?
Ao chegar em casa Jason caminhou silenciosamente até seu quarto, mas antes que ele pudesse entrar no cômodo, Axel aparece atrás dele.
- Jason.
- Como você está? - perguntou Jason.
- Destruí algumas coisas no porão, mas não é o suficiente. - ele respondeu.
- Você olhou Evolet? - Axel perguntou curioso.
- Ela perguntou por você. - ele disse caminhando em direção à Axel. - Eu disse que você estava resolvendo algo relacionado à nossa família. - concluiu.
Axel respirou fundo e suspirou.
- Eu vou fazer algo, mas preciso de sua ajuda. - ele disse tranquilamente. - Amanhã conversaremos melhor. - concluiu.
Jason assentiu.
Ambos entraram em seus quarto e enquanto Axel estava concentrado em seu notebook fazendo algo para tentar resolver um de seus problemas. Jason tirou sua roupa, entrou dentro debaixo do chuveiro e ficou totalmente paralisado sentido a água percorrer pelos seu corpo.
Ao sair do banheiro com um toalha enrolada em seu quadril, Jason ficou de frente para o espelho e observou seu cabelo louro molhado e seus bíceps e abdômen tonificados totalmente úmidos.
O que Axel estava fazendo trancado em seu quarto?
Jason vestiu-se e observou Axel entrar em seu Sedan Saab prateado e dirigir para algum lugar naquela noite escura e fria. Ele deitou-se em sua cama coberta por um edredom azul marinho e fechou lentamente os olhos.
- Onde você estava? - ele perguntou preocupado.
- Precisamos ir. - ela gritou com lágrimas escorrendo pelos seus olhos.
- Como assim? De quem é esse sangue? - ele perguntou ao olhar o vestido cinza dela sujo de sangue.
- Ele está morto. - ela respondeu. - Agora Lu vira atrás de você. - concluiu.
Os olhos dele ficaram emaranhados, a voz desesperada dela estava totalmente abafada pela dor em saber que seu irmão estava morto.
- Jason, olhe para mim? - ela pediu. - Fique aqui e...
- Não, eu preciso terminar com isso.
Mesmo correndo risco de não voltar a vê-la, ele a beijou com todo o amor que possuía em seu peito.
Na medida em que ele corria pela vasta noite, o sonho desaparecendo da mente de Jason como uma névoa passageira.
Ao abrir seus olhos, Jason observou que marcava 04:34am e ele sabia que em poucos minutos o sol iria nascer. Ele levantou-se de sua cama e ficou de frente para a janela assistindo o nascer do dia.
Algumas horas depois, Jason banhou e vestiu uma calça jeans clara com detalhes rasgados, uma camisa gola polo verde claro e um tênis preto com símbolo da Nike branco.
- Jason. - Axel disse abrindo a porta do quarto do irmão.
- Axel por que está com essa mala? - ele perguntou aproximando-se do irmão.
- Preciso ir à Roma. - ele fez uma pausa. - Cuide de Evolet por mim? - ele pediu.
Jason assentiu.
Sem dizer nada ambos se abraçaram, porque conhecendo um ao outro eles sabiam que não importava o que dissessem, eles nao mudariam de ideia após tomar uma decisão.
- Quer que eu te leve ao aeroporto? - perguntou Jason afastando-se do irmão.
- É muito clichê. - Axel respondeu. - Odeio despedidas. - acrescentou com um sorriso.
Jason sorriu.
Ambos desceram as escadas e Jason ajudou o irmão a colocar a mala no carro e o assistiu dirigir rumo ao aeroporto. Naquele momento ele havia esquecido do seu sonho esquisito, mas ele olhou no seu relógio de pulso e precisava apressarsse para ir a escola.
Ao estacionar seu carro em frente à Holy Mary, Jason e Judith saíram do carro e passaram pelos portões do colégio.
- Jason. - Evolet gritou enquanto corria ao seu encontro. - Ele foi embora? - ela perguntou entregando uma folha para ele.
Jason já imaginava que Axel havia deixado uma carta para Evolet, mas em vez de pegar a carta que estava nas mãos dela, ele a puxou contra seu corpo e abraçou.
Enquanto o choro de Evolet saia abafado por seu rosto estar contra o peitoral tonificado de Jason. Ele a abraçou sem se importar com o que os alunos curiosos que estavam olhando para eles pensavam.
Ambos caminharam para a capela abraçados e enquanto Evolet permanecia com a cabeça abaixada, Jason encarava seriamente todos os alunos que estavam olhando para eles dois.
- Não chore, Evolet. - ele disse enquanto conduzia ela para sentar-se em um dos bancos da frente.
- Ele não mencionou se voltaria? - ela perguntou com a voz cortada.
- Não. - ele disse. - Ele não comentou isso na carta? - perguntou.
- Não. - ela disse abaixando seu olhar.
- Estou aqui por você, Evolet. - ele disse apertando ela em seu abraço.
Evolet o abraçou enquanto as lágrimas que escorriam pelo seu rosto molhavam a camisa de Jason e tudo o ele queria naquele momento, era fazê-la sorrir novamente.
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Doce Perversão
RomanceAs vezes o amor chega de forma inesperada, sem aviso prévio, sem uma batida na porta e sem biss. Sejam bem-vindos à mais uma história onde o ser humano percebe que o amor é única coisa que ele não pode evitar e nem se esconder. A história se sucede...