Lena Luthor

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Eu gosto de como corpos celestes colidem e explodem na imensidão do via láctea. Quer dizer é o espaço, certo? Existe milhares de sistemas solares, planetas, estrelas e todas aquelas coisas siderais. Então quando isto acontece uma energia poderosa atinge o que orbita perto cobrindo de poeira cósmica. Encontros são assim, em nossos universos pessoais nada mais será como antes

Kara Danvers P.O.V:

O que estava acontecendo com aquele relógio? O tempo simplesmente resolveu correr mais devagar e o rodar lento do ponteiro só não era mais torturante quanto vê-la ali apontando  meu delito com aquele olhar irresistível. Sim, sou uma lésbica dramática e possivelmente exagerada mas quando se está um pouco (talvez eu estivesse mentindo para mim mesma ao medir a intensidade de como ela me atingia mas para todos efeitos, sim, só um pouco) enlouquecida pela mulher que você nem se quer sabe nome qualquer coisa é motivo para se supor o que há de mais hediondo. Não saber o que ela estava pensando de mim estava me dando dor de barriga. Estava ansiosa para que fosse logo embora, foi tudo bem ridículo, eu já estava arrependida e o que mais queria no momento era acabar com a vida de uma certa atendente.

- Vou matar Samantha Arias! Vou matar Samantha Arias! Vou matar Samantha Arias! – Repetia como um mantra  enquanto entregava mais uma bebida sem conseguir deixar de tremer.

- O que aconteceu com você? – Nia pegou o café da minha mão antes que eu causasse uma queimadura de primeiro grau no cliente– Parece que está tendo uma overdose, devo chamar uma ambulância ?

- Nada. Não aconteceu nada. – Respondi chateada. Nia acompanhou meu olhar nervoso que invariavelmente voltava a cair sobre a mulher que me ferrava a cabeça a dois meses. 

- Hmm... Claro, só podia ser ela a agitadora do mundinho Kara Danvers... O que a sua crush platônica fez?

- Ah não, ela não fez nada, fui eu quem fez besteira. Na verdade tudo isto é culpa da Sam. Sim, se Samantha  não estivesse me tentando como um pequeno diabinho no meu ombro eu não teria entregado o frappuccino com meu número de telefone escrito no copo e bem, ela só me olha tentado não rir. Agora só resta pedir demissão por que não quero mais ter que atendê-la sabendo que sou uma piada. Eu sou tão burra, ela com certeza deve ter alguém. E mesmo se não tivesse, meu Deus, ela é tipo uma estrela de Broadway, eu sou tipo... Não sei a pessoa que juntas os confetes quando o espetáculo acaba talvez... – Falei rápido demais com um mal estar crescente e tive que me apoiar no balcão para recuperar o  fôlego.

-Kara você precisa se acalmar e... Espera o quê? Você disse que... – Nia levou três segundos até assimilar a parte importante – Wow, wow, wow... isto foi um passo enorme para uma caipira de Smallville. 

Sam voltou do depósito trazendo uma caixa pequena de Snickers e outra de Kitkats que já estavam faltando na Vending Machine.

- Sério que vocês vão ficar paradas aí enquanto  mantenho isso aqui funcionando? - Jogou uma das caixas em minha direção e eu tive que ter muito autocontrole para não rebater e acertar sua cabeça.

- Você... - Apontei o dedo na direção dela. – Você arruinou a minha vida... 
- Só por que pedi pra colocar uns chocolatinhos em uma máquina? Essas funcionárias de hoje em dia não se pode mais cobrar que cumpram suas obrigações que se revoltam.

- A Kara está falando da grande tragédia da vida dela. – Nia pegou a caixa de Kitkats das minhas mãos. – Mas até que achei original ela ter escrito o número de telefone no copo da L. Eu queria ter pensado nisto antes quando o Brainy ainda vinha aqui...

-Ah meu Deus! – Sam largou os Snickers no balcão levando a mão até a boca e olhando diretamente para a mulher que lia Garota Exemplar. Mas que Droga Samantha não tem como você ser mais óbvia? – Ah meu Deus! – Ela repetiu ainda mais alto.

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