Irmãs Danvers

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"O meu primeiro amor foi minha professora de história. Eu tinha 12 anos e aquela crença apaixonada que um dia iria me casar com a Srta. Grant. Não nos casamos. Três anos depois tive minha primeira namorada. Ela tinha olhos incrivelmente azuis e beijos gelados de frozen yorgut. Imra e eu ficamos juntas até ela ser descoberta por um agência de modelos e ir embora me deixando só e com o coração partido em pedacinhos. Houveram outras mas sempre faltou alguma coisa e tudo ficava pelo caminho. Inacabado. Eram apenas tentativas. Sabe aquele sentir completo, sem igual que te faz ver estrelas e prova a sua sanidade? Aquele alguém que você tem certeza absoluta que será sua enrascada pra sempre ? Mas não uma enrascada num sentido ruim, uma enrascada fantástica! Isto é mesmo possível? Está fazendo sentido? Por que se existir algo parecido eu definitivamente quero pra mim... Ou talvez eu devesse parar com as comédias românticas, assisto demais e já estão fritando meu cérebro."

Kara Danvers P.O.V:

- Le-na Lu-thor.- Alex falou se arrastando provocativamente em cada sílaba como se dizendo o nome dela assim pudesse me irritar ainda mais.- Você acha que Maggie descobriria se tivéssemos um caso? Sabe, eu sempre quis fazer parte de um triângulo amoroso só que você conhece Maggie, ela é tradicional demais pra permitir uma terceira pessoa no nosso relacionamento. Mas acho que valeria a pena correr o risco para viver um amor clandestino com a gostosa milionária. - Dei um tapa no seu ombro sem me preocupar se aplicava força demais, a detetive merecia isso, eu não aceitava brincadeiras com a minha garota. Minha garota. Lena só precisava saber disso. - Ai!

- Eu ainda não acredito que ela me mandou mensagem... – Voltei meus olhos para a tela do celular esquecendo da implicância dela. O visto por último marcava 3h 09 da manhã. – Você acha que a tal amiga... é só isto mesmo? Amiga?

Alex deixou a sua quarta garrafa de cerveja pousar vazia na mesa baixa de centro. Ela estava completamente sóbria. Fato curioso: Eu não bebo. Não mais, a única vez que isto aconteceu acordei algemada a uma Stripper russa. Longa história. Portanto Alex cumpria esse papel e tinha treinado bem durante os anos empinando copos de vodka por que não lembro de ter visto ela bêbada em nenhum momento.

- Se não é, creio que a Srta. Luthor deveria começar a rever as mulheres com que transa por que alguém que a deixou entediada no meio da madrugada a ponto dela te mandar mensagem não deve ter feito um bom trabalho. – Eu só rolei os olhos me controlando para não estapea-lá de novo, não por achar que não deveria mas por medo que Maggie viesse atrás de mim. – Demorou tempo demais.

- O que demorou ?

- Você ter criado coragem e ter feito algo. Alex, você não vai acreditar, eu encontrei o amor da minha vida! – Ela repetiu o que tinha ouvido de mim a dois meses atrás. – Eu ouvi você falar dessa mulher todos os dias. Pensei que depois da Srta. Grant não haveria outra capaz de provocar uma avalanche no mundinho Kara Danvers. – Eu ri da lembrança do meu primeiro amor platônico pela nossa professora.

- Srta. Grant... – Ela era uma daquelas memórias reconfortantes de Smallville.

– Foi engraçado por que por um tempo você ainda tentou se manter dentro da caixinha heterossexual beijando aquele Mike.

- É, mas a caixinha heterossexual era sem graça demais e não consegui ficar lá dentro. É muito mais emocionante beijar garotas.– Eu levantei do sofá e comecei a levar todo o lixo acumulado em nossa volta para cozinha. Uma caixa de pizza. Duas latas de refrigerante. Quatro garrafas de cerveja. Um pote de sorvete pela metade. – Devo agradecer a Srta Grant pela descoberta da minha sexualidade. Eu sempre tinha sonhos lésbicos com ela e não entendia por quê.

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