Capítulo 22

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Final de domingo merece um amorzinho, certo?

O capítulo 22, hoje, é todo de Camis!

Um mimo para  comemorar mais uma volta ao redor do sol dessa leitora tão tão fofinha, que me faz dar um milhão de gaitadas e que me enche de carinho quase todos os dias! 

Que seu novo ciclo seja um amorzinho de coisas boas, assim como você.

No mais, espero que todas vocês curtam!

Um cheiro e boa semana para nós!

***

CAPÍTULO 22

A mudez do sol acompanhava a minha ida ao trabalho dentro do táxi, com seus raios iluminando alguns pedaços de mim. De dentro do carro, eu observava a fila infinita de carros e agradecia por dar ouvidos as minhas próprias vontades, o que me fez desistir de ir dirigindo até o trabalho. Mais uma vez, lembrei dela.

Eu odiava trânsito, mas não com ela, não na companhia dela. Eu nem conseguia perceber se passava 20 minutos ou duas horas dentro do carro. As nossas conversas sobre qualquer coisa, fosse relevante ou não, nossas reflexões conjuntas sobre coisas do cotidiano ou sobre a política do país, ou até mesmo quando compartilhávamos sobre os nossos dias. Não era difícil enfrentar o trânsito com ela.

Pensar nela, lembrou-me de seu retorno. Macarena chegava hoje à Cidade do México, finalmente. Sorri ao lembrar que em poucas horas, afastaria a saudade que vinha me acometendo nos últimos cinco dias.

***

Chegando ao escritório, ao abrir a porta da minha sala, uma surpresa: um imenso jarro com flores dos mais variados tipos, que pode quase cobrir toda a extensão da minha mesa. Olhei para trás na esperança de que aquilo pudesse ter sido colocado ali por engano ou por alguma outra boa justificativa, porque, aquilo, definitivamente, não combinava em quase nada comigo.

Cheguei próximo ao jarro com receio de que alguma coisa ainda maior pudesse sair dali, desejei por três segundos que Elisa estivesse aqui para completar aquela missão por mim, mas ela havia avisado que iria fazer alguma coisa da faculdade e não viria de manhã. Ao me aproximar, consegui enxergar um cartão quase minúsculo, dada as proporções daquilo em minha mesa, e ao abrir, o desgosto foi quase tão grande do que dar de cara com aquela coisa toda:

"Grandioso como tu!

É apenas uma singela homenagem

e agradecimento pelo ano que divides conosco.

Janta comigo hoje?

Oscar e Benitez CMX"

Fiquei uns dez segundos paralisada relendo aquele bilhete. Um misto de gratidão ao universo por ser valorizada e ter um bom cargo em uma das maiores empresas do país e medo por talvez não estar sendo verdadeiramente valorizada e sim ser alvo dos caprichos de um playboy que acha que pode plantar um jarro desse tamanho no meu escritório e me convidar para jantar.

- Oscar e Benitez CMX, que porra é essa? – falei sozinha dando uma risada meio perplexa

Fui interrompida por Pablo, o ex romance de Elisa na empresa:

- Wow – falou ao abrir a porta dando de cara com aquele exagero em cima da mesa

- Não tive uma reação muito diferente – rindo um pouco do seu espanto – No que posso ajudar, Pablo?

Ele ainda estava olhando para o troço a sua frente.

- A Elisa está?

- Não, seria apenas com ela? - perguntei

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