Capítulo 3: Agora eu sou a princesa do papai

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*Eileen contando*

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*Eileen contando*

Quando fiz 13 anos comecei a ter crises fortes por conta das minhas doenças psicológicas, acabei entrando em contato com meus avos, pois não aguentava mais as crises, eles me levaram ao médico que me atendia desde os 8 anos, foi receitado para mim alguns remédios e outros métodos para tentar evitar, no mesmo dia quando chegamos em casa, após passar em uma farmácia e comprar o que me foi receitado, meus avos fizeram meu pai ficar em casa e explicaram a ele sobre minha condição, enquanto eles conversavam eu fiquei no quarto. No final da tarde meu pai veio até meu quarto, eu estava deitada, ele entrou devagar, eu percebi e virei para o lado direito e sentei na cama, ele veio e sentou ao meu lado.

- Não sabia que estava tão mal -Ele baixou a cabeça.

- Tudo bem a culpa não é sua, sei que é ocupado -Coloquei a mão no braço dele, ele levantou a cabeça e eu sorri.

Ele ficou me olhando um tempo calado, fiquei sorrindo para ele, eu estava feliz, era a primeira vez em anos que conversávamos ou que ele me olhava, senti que finalmente eu tinha a atenção dele.

- É, nem percebi como cresceu tanto, está bem mais mulher, já tem corpo, deixou o rosto de criança e eu nem reparei nisso, para mim você ainda era uma criança, parece até que eu pisquei e você deixou de ser aquela criancinha.

- Não tem problema papai -Dei um sorriso.

- Acho que agora você precisa mais de mim.

- Sim, eu preciso muito de você -Sorri muito empolgada.

Meu pai me abraçou e me deu vários beijos em meu ombro esquerdo, naquele momento eu me senti bem, eu senti que estava tudo bem de novo, me senti amada e cuidada de novo, ele aparentemente ia me dar mais atenção e isso era tudo que eu queria, eu me sentia protegida por ele, senti que naquele abraço ele estava me dizendo que estava segura novamente, eu não podia estar mais feliz.

Papai ainda saia muito e eu sempre ficava esperando a hora dele voltar, ele voltava fedendo a bebida, eu sempre deixava o banho dele pronto e preparava sua cama, quando finalmente chegava tomava um banho e eu o colocava na cama, ele apagava rapidamente, nem falava comigo direito, mas eu entendia que era por estar bêbado, eu o cobria com o lençol e então me deitava ao lado dele, era assim todos os finais de semana. As vezes no meio da noite ele me abraçava, eu me sentia como um bebe em seus braços, estava tudo ótimo na minha vida.

Quando os dias foram passando eu percebi como era difícil para meu pai mostrar o quanto me amava e vi que era real o que meus avós paternos falavam, que ele me amava muito, só não sabia como me mostrar isso, então qualquer coisa que ele fazia para mim e comigo era uma forma dele mostrar esse amor, que eu sempre estivesse aberta a interpretações, então os beijinhos que ele me dava no ombro, os abraços quando eu dormia na cama com ele e até ele me contar uma noite que chegou de mais uma de suas noitadas que tinha uma namorada, tudo isso eram suas formas de falar que me ama.

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